Brasil prepara 'novo ciclo de crescimento', diz Levy em Nova York
Nova York, 18 Fev 2015 (AFP) - O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, declarou nesta quarta-feira, em Nova York, que o Brasil já está aplicando os ajustes e reformas necessários para iniciar um "novo ciclo de crescimento" após o fim do boom das commodities.
"Estamos lançando as bases para um novo ciclo de crescimento. O ciclo das matérias-primas acabou", disse Levy ao apresentar as perspectivas econômicas do Brasil no Conselho das Américas, com sede em Manhattan.
"Se você tem a casa em ordem, o setor privado encontrará novas oportunidades e voltaremos ao crescimento", acrescentou o economista de 54 anos que substituiu Guido Mantega no início do segundo mandato da presidente Dilma Rousseff.
O ministro assegurou que as autoridades brasileiras não esperam "ter problemas sérios para fazer os ajustes necessários" e defendeu os gastos públicos das receitas "do bônus das commodities" nos últimos anos.
"Não gastamos de maneira inadequada os bônus das matérias-primas. A maior parte utilizamos para melhorar a educação, transformar a sociedade", afirmou Levy.
Entre as principais mudanças registradas no Brasil na última década, Levy destacou o crescimento do número de estudantes universitários, que aumentou 60% entre 2006 e 2014.
Mas depois de um crescimento sustentado desde o início da década de 2000, a maior economia da América Latina registrou uma estagnação em 2014 e prevê um crescimento de apenas 0,5% em 2015, muito abaixo dos 7,5% alcançados em 2010.
A este respeito, o ministro citou o problema das contas públicas, com o primeiro déficit comercial em 14 anos e a necessidade de cortar custos ante o baixo crescimento da economia.
"Não quero dizer que não devemos nos preocupar com a situação fiscal no Brasil", admitiu, afirmando, porém, que estão sendo adotadas medidas para controlar as despesas como, por exemplo, a recente limitação dos gastos discricionários dos organismos federais.
Petrobras "superará seus problemas" No total, o Brasil espera fazer em 2015 uma economia fiscal de 66 bilhões de dólares (1,2% do PIB).
Para chegar a esse número, Levy descartou a criação de novos impostos ou uma alta abrupta dos já existentes. "Nós não estamos criando novos encargos para o setor privado", disse ele.
Em meio ao escândalo de corrupção que abala a Petrobras, o ministro expressou confiança de que a gigante estatal de energia "superará todos os problemas em suas contas".
"É uma situação incomum", disse ele, garantindo que a nova diretoria da empresa, liderada por Aldemir Bendine, está determinada a "virar" a página.
Levy observou que a produção de petróleo e gás registrou uma recuperação no ano passado, depois de um período de estagnação, e defendeu a transparência das empresas brasileiras, indicando que há "um nível bastante singular de abertura" em seu país.
A Petrobras anunciou na semana passada que irá apresentar seu balanço auditado de 2014 no final de maio, e advertiu que deve reduzir os seus investimentos no futuro.
"Estamos lançando as bases para um novo ciclo de crescimento. O ciclo das matérias-primas acabou", disse Levy ao apresentar as perspectivas econômicas do Brasil no Conselho das Américas, com sede em Manhattan.
"Se você tem a casa em ordem, o setor privado encontrará novas oportunidades e voltaremos ao crescimento", acrescentou o economista de 54 anos que substituiu Guido Mantega no início do segundo mandato da presidente Dilma Rousseff.
O ministro assegurou que as autoridades brasileiras não esperam "ter problemas sérios para fazer os ajustes necessários" e defendeu os gastos públicos das receitas "do bônus das commodities" nos últimos anos.
"Não gastamos de maneira inadequada os bônus das matérias-primas. A maior parte utilizamos para melhorar a educação, transformar a sociedade", afirmou Levy.
Entre as principais mudanças registradas no Brasil na última década, Levy destacou o crescimento do número de estudantes universitários, que aumentou 60% entre 2006 e 2014.
Mas depois de um crescimento sustentado desde o início da década de 2000, a maior economia da América Latina registrou uma estagnação em 2014 e prevê um crescimento de apenas 0,5% em 2015, muito abaixo dos 7,5% alcançados em 2010.
A este respeito, o ministro citou o problema das contas públicas, com o primeiro déficit comercial em 14 anos e a necessidade de cortar custos ante o baixo crescimento da economia.
"Não quero dizer que não devemos nos preocupar com a situação fiscal no Brasil", admitiu, afirmando, porém, que estão sendo adotadas medidas para controlar as despesas como, por exemplo, a recente limitação dos gastos discricionários dos organismos federais.
Petrobras "superará seus problemas" No total, o Brasil espera fazer em 2015 uma economia fiscal de 66 bilhões de dólares (1,2% do PIB).
Para chegar a esse número, Levy descartou a criação de novos impostos ou uma alta abrupta dos já existentes. "Nós não estamos criando novos encargos para o setor privado", disse ele.
Em meio ao escândalo de corrupção que abala a Petrobras, o ministro expressou confiança de que a gigante estatal de energia "superará todos os problemas em suas contas".
"É uma situação incomum", disse ele, garantindo que a nova diretoria da empresa, liderada por Aldemir Bendine, está determinada a "virar" a página.
Levy observou que a produção de petróleo e gás registrou uma recuperação no ano passado, depois de um período de estagnação, e defendeu a transparência das empresas brasileiras, indicando que há "um nível bastante singular de abertura" em seu país.
A Petrobras anunciou na semana passada que irá apresentar seu balanço auditado de 2014 no final de maio, e advertiu que deve reduzir os seus investimentos no futuro.
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