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Ataque na Costa do Marfim deixa cerca de 20 mortos

13/03/2015 09h08

Grand-Bassam, Costa do Marfim, 13 Mar 2016 (AFP) - Pelo menos 14 civis e dois militares foram mortos neste domingo em um ataque ao balneário de Grand-Bassam, ao leste de Abidjan - anunciou o presidente marfinense, Alassane Ouattara.

O grupo Al-Qaeda do Magreb Islâmico (Aqmi) teria assumido esse ataque ao resort, de acordo com o SITE, organização americana que monitora a movimentação das páginas islamitas na Internet.

O Aqmi destacou que seus "três heróis" cometeram o ataque e prometeu dar detalhes da operação mais tarde, relatou o SITE.

"Pela graça de Alá e Sua concessão de sucesso, três heróis dos cavaleiros da Al-Qaeda al-Jihad no Magreb Islâmico foram capazes de atacar o resort turístico 'Grand-Bassam', situado no leste da cidade de Abidjan, na Costa do Marfim", informou o Grupo de Inteligência SITE, que publica o comunicado do Aqmi.

"O balanço é duro. Os terroristas conseguiram matar 14 civis, e nós perdemos dois membros das forças especiais", declarou o presidente Ouattara, que foi ao local da tragédia, acrescentando que seis agressores foram mortos.

Cidade histórica e ex-capital da Costa do Marfim na costa do Gol fo da Guiné, Grand-Bassam abriga vários hoteis frequentados por uma clientela internacional.

O ataque provocou aglomerações na ponte que separa a cidade moderna da zona turística atacada, o bairro França, que marca a entrada à Cidade Velha.

Segundo um jornalista da AFP no local, várias pessoas estavam sendo retiradas, entre elas uma ocidental ferida. Veículos militares equipados com metralhadoras pesadas se dirigiam para a região. Além disso, o Exército controla todas as pessoas que deixam a área.

"As operações de busca continuam, o hotel está protegido", disse uma fonte policial à AFP.

O presidente francês, François Hollande, denunciou "fortemente este covarde atentado", que causou a morte de "pelo menos um francês entre (mais de) uma dezena de civis".

"A França forneceu seu apoio logístico e de Inteligência à Costa do Marfim (...) continuará e intensificará sua cooperação com seus sócios na luta contra o terrorismo", de acordo com a nota divulgada pela Presidência.

O Ministério Público de Paris anunciou a abertura de investigação sobre o ataque. O procedimento é padrão, já que uma das vítimas é de nacionalidade francesa.