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Espanha prevê crescimento de 3% e equilíbrio de contas públicas em 2018

30/04/2015 17h25

Madri, 30 Abr 2015 (AFP) - O governo espanhol prevê um crescimento anual próximo de 3% daqui até 2018, quando deverá beirar o equilíbrio orçamentário, com um déficit próximo de zero e reduzir sua dívida mais rápido que o esperado, anunciaram autoridades nesta quinta-feira.

Segundo as novas previsões, a quarta economia da Eurozona prevê um crescimento de 2,9% para este ano e 2016 e de 3% para 2017 e 2018, anunciou o ministro da Economia, Luis de Guindos, ao anunciar o programa de estabilidade para o período 2015-2018, que Madri apresentará a Bruxelas.

Como é habitual neste governo, estas "são projeções cautelosas, como tem sido visto com o tempo, mas como sempre se pretende que a realidade supere as previsões", afirmou.

O déficit público, por sua vez, deve cair 3% (2,8%) do PIB em 2016, chegará a 0,3% em 2018, ano em que a dúvida do país deveria ser de 93,2%, destacou seu colega da Fazenda, Cristóbal Montoro, mostrando que esta encolherá mais rapidamente do que o anunciado até agora.

O executivo conservador de Mariano Rajoy previa anteriormente uma dívida pública de 100,3% do PIB em 2015 (contra 98,9% nas novas previsões), 101,5% em 2016 (contra 98,5%) e 98,5% em 2017 (96,5%).

A dívida pública espanhola, que em 2007, antes da crise, era de 36,3%, disparou com a explosão da bolha imobiliária e o acúmulo do déficit das administrações públicas.

Decidido a controlar o problema, o governo de Rajoy aplicou desde que chegou ao poder, no fim de 2011, uma política de austeridade draconiana, com um ajuste de 150 bilhões de euros nos cofres públicos em três anos.

Os dados do desemprego, também um grande problema persistente da economia espanhola, após sair da recessão há quase dois anos, foram revistos com ligeira melhora.

Assim, espera-se para 2015 que a taxa seja de 22,1% ao invés dos 22,2% previstos até agora, segundo dados apresentados por De Guindos.

Segundo estas previsões, o desemprego pode cair para 19,8% em 2016, para 17,7% em 2017 e para 15,6% em 2018.

"Se estas projeções forem cumpridas, a Espanha pode deixar para trás a crise mais longa, mais intensa e mais profunda praticamente da história econômica moderna do nosso país", afirmou o ministro da Economia.

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