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Petróleo fecha em baixa em Nova York, a US$ 59,15 o barril

01/05/2015 18h57

Nova York, 1 Mai 2015 (AFP) - O petróleo fechou em baixa nesta sexta-feira em Nova York, após subir 25% em um mês, influenciado por uma sutil recuperação do dólar.

O preço do barril de "light sweet crude" (WTI) para entrega em junho recuou 48 centavos, situando-se em 59,15 dólares no fechamento do New York Mercantile Exchange (Nymex).

Em Londres, o preço do barril de Brent para entrega em junho caiu 32 centavos, a 66,46 dólares, no Intercontinental Exchange (ICE).

Em uma sessão sem grandes volumes de negócios na falta de muitos investidores por causa do feriado do Dia Internacional do Trabalho na Europa e na Ásia, o dólar recuperou um pouco do vigor, o que pesou nas matérias-primas cotadas em dólar, a começar pelo petróleo.

Por outro lado, segundo Phil Flynn, da Price Futures Group, o governo iraquiano anunciou que suas exportações de petróleo em março tinham chegado ao nível mais elevado em 35 anos.

Segundo a agência de notícias Bloomberg, o Iraque, segundo produtor de petróleo entre os membros da Opep, depois da Arábia Saudita, exportou 92,4 milhões de barris em março (2,98 milhões de barris por dia), o que representou um aumento de 15% com relação a fevereiro.

Por isso, "as preocupações da superabundância de oferta voltaram a aumentar", declarou Flynn. No entanto, globalmente, "a queda é muito modesta em vista da alta" das últimas semanas, destacou.

Durante a semana, o mercado subiu com o anúncio, na quarta-feira, de um aumento inferior ao previsto das reservas de petróleo nos Estados Unidos, e sobretudo de uma queda de 500.000 barris no terminal petroleiro de Cushing (Oklahoma, sul), a primeira em 21 semanas.

Na sexta-feira, informou-se sobre uma nova queda no número de poços em atividade nos Estados Unidos, segundo um balanço semanal da empresa de serviços petrolíferos Baker Hughes, que permitiu manter os preços, pois confirmou a expectativas de uma retração da produção nos Estados Unidos, que já começou a se manifestar em abril.

Em termos gerais e, apesar de que uma pausa pareça inevitável, Smith considerou que "o contexto é de alta".

Outros analistas foram mais prudentes e avaliaram que a oferta de petróleo continua sendo muito superior à demanda.

"Calculamos que a produção da Opep aumentará em 125.000 barris/dia e aumentará a 30,9 milhões de barris/dia por causa de uma alta da oferta saudita e de uma recuperação das exportações líbias", afirmaram analistas da JBC.