Greenpeace pede boicote mundial a madeira ilegal congolesa
Kinshasa, 26 Mai 2015 (AFP) - A ONG Greenpeace pediu nesta terça-feira aos Estados Unidos, à Europa e à China para boicotar madeira ilegal proveniente do norte da República Democrática do Congo pela madeireira Cotrefor, acusada de prejudicar o meio ambiente.
"Apesar da anarquia que caracteriza suas operações, a Cotrefor consegue exportar e vender sua madeira em muitos países ao redor do mundo, incluindo a União Europeia (UE), os Estados Unidos e a China", afirma declaração publicada nesta terça-feira com o relatório.
"Greenpeace África chama os clientes da Cotrefor, assim como outros clientes da cadeia de abastecimento, a retirar a madeira fornecida pela Cotrefor de suas vendas e que se abstenham de qualquer compra (...) até que possa ser assegurada a legalidade da madeira", ressalta o relatório.
A Companhia de Transporte de Exploração de Florestas (Cotrefor), que exporta também na África, é uma empresa congolesa de capital libanês que dispõe de duas concessões na RDC: uma no território de Bafale, na província do Equador (noroeste), e uma no território de Banalia, na província Oriental (nordeste).
O relatório do Greenpeace - intitulado "Exportar o caos: o impacto local e internacional da exploração madeireira ilegal na RDC" - é resultado de dois anos de investigações realizadas nas concessões da Cotrefor "e em vários portos ao redor do mundo onde a madeira é exportada e comercializada".
Para que a Cotrefor possa exportar apesar de todos os entraves, "é necessário que haja importadores que desejam comercializar madeira ilegal, e governos dos países de importação incapazes de colocar em prática e fazer cumprir as leis europeias e internacionais que visam prevenir este tipo de prática", acusa o relatório da ONG.
O Greenpeace critica também o estado congolês. "As atividades da Cotrefor são sintomáticas do caos organizado que reina no setor da exploração florestal na RDC, onde a fraca governança e a corrupção são grandes obstáculos para a proteção das florestas", explica Raoul Monsembula, coordenador nacional na RDC para o Greenpeace África.
Bienvenu Liyota Ndjoli, ministro congolês do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, emitiu um comunicado nesta terça-feira negando as acusações do Greenpeace.
Seu ministério tem "sofrido, como de costume, uma série de difamações, marcadas por confusão e amálgamas, que é, como todos sabem, a maneira que o Greenpeace encontrou para prosperar seu negócio", escreveu.
País de grandes proporções, a República Democrática do Congo abriga mais de 60% das florestas densas do da Bacia do Congo, segunda maior floresta tropical do mundo depois da Amazônia, segundo a Comissão das Florestas da África Central (Comifac).
"Apesar da anarquia que caracteriza suas operações, a Cotrefor consegue exportar e vender sua madeira em muitos países ao redor do mundo, incluindo a União Europeia (UE), os Estados Unidos e a China", afirma declaração publicada nesta terça-feira com o relatório.
"Greenpeace África chama os clientes da Cotrefor, assim como outros clientes da cadeia de abastecimento, a retirar a madeira fornecida pela Cotrefor de suas vendas e que se abstenham de qualquer compra (...) até que possa ser assegurada a legalidade da madeira", ressalta o relatório.
A Companhia de Transporte de Exploração de Florestas (Cotrefor), que exporta também na África, é uma empresa congolesa de capital libanês que dispõe de duas concessões na RDC: uma no território de Bafale, na província do Equador (noroeste), e uma no território de Banalia, na província Oriental (nordeste).
O relatório do Greenpeace - intitulado "Exportar o caos: o impacto local e internacional da exploração madeireira ilegal na RDC" - é resultado de dois anos de investigações realizadas nas concessões da Cotrefor "e em vários portos ao redor do mundo onde a madeira é exportada e comercializada".
Para que a Cotrefor possa exportar apesar de todos os entraves, "é necessário que haja importadores que desejam comercializar madeira ilegal, e governos dos países de importação incapazes de colocar em prática e fazer cumprir as leis europeias e internacionais que visam prevenir este tipo de prática", acusa o relatório da ONG.
O Greenpeace critica também o estado congolês. "As atividades da Cotrefor são sintomáticas do caos organizado que reina no setor da exploração florestal na RDC, onde a fraca governança e a corrupção são grandes obstáculos para a proteção das florestas", explica Raoul Monsembula, coordenador nacional na RDC para o Greenpeace África.
Bienvenu Liyota Ndjoli, ministro congolês do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, emitiu um comunicado nesta terça-feira negando as acusações do Greenpeace.
Seu ministério tem "sofrido, como de costume, uma série de difamações, marcadas por confusão e amálgamas, que é, como todos sabem, a maneira que o Greenpeace encontrou para prosperar seu negócio", escreveu.
País de grandes proporções, a República Democrática do Congo abriga mais de 60% das florestas densas do da Bacia do Congo, segunda maior floresta tropical do mundo depois da Amazônia, segundo a Comissão das Florestas da África Central (Comifac).
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