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Quase 25% da população espanhola vivia na pobreza em 2013

26/05/2015 10h55

Madri, 26 Mai 2015 (AFP) - Quase 25% da população espanhola vivia na pobreza em 2013, que era mais pronunciada entre os imigrantes, de acordo com dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), em um país com elevada taxa de desemprego, apesar da recuperação econômica.

A renda média das famílias não parou de cair desde 2008, indica o INE, passando de 30.045 euros em 2008 para EUR 26.154 em 2013. Este indicador recuou 2,3% entre 2012 e 2013.

No total, 22,2% da população vivia abaixo da linha da pobreza em 2013, contra 20,4% no ano anterior, calculou o INE.

A Espanha, assim como seus parceiros na União Europeia (UE), define a linha de pobreza em 60% do rendimento médio da população.

Estrangeiros e famílias mono parentais estão no topo da lista dos mais afetados: entre os imigrantes de fora da UE a taxa foi de 55,4%, contra 18,4% entre os espanhóis e 35,7% dos imigrantes da UE.

Além disso, 42% das famílias onde o pai ou a mãe moravam sozinhos com seus filhos estavam abaixo desta linha.

"Um total de 16,1% das residências espanholas disseram chegar ao fim do mês com 'muita dificuldade'. O resultado 0,8% inferior ao do ano anterior", indica ainda o INE.

Além disso, 42,4% dos domicílios não tinham nenhuma poupança para despesas imprevistas, 45% não podiam viajar uma semana de férias para longe e 10,2% reconheciam atrasos no pagamento de hipotecas, assim como empréstimos, contas de gás ou eletricidade.

A Espanha recuperou o seu crescimento em 2014, com um aumento de 1,4% do Produto Interno Bruto (PIB) que parece acentuar-se no início de 2015.

Mesmo assim, o desemprego continua muito elevado - 24% da população ativa - o que, em conjunto com as políticas de austeridade aplicadas pelo conservador Partido Popular no governo, levou a uma queda da formação nas eleições locais de domingo.