Avanço dos rebeldes deixa Estado sírio sem recursos
Beirute, 28 Mai 2015 (AFP) - As receitas do Estado sírio estão em vias de extinção com a perda progressiva de suas riquezas minerais, petrolíferas e gasíferas, cuja produção passou para as mãos de rebeldes e jihadistas.
As únicas receitas que Damasco pode contar são as tarifas e os impostos, o que obriga o regime de Bashar al Assad a ser cada vez mais dependente do financiamento que oferecido pelo aliado Irã.
Seu último revés foi a perda, no último fim de semana, de duas minas de fosfato do país, que caíram nas mãos do grupo Estado Islâmico (EI).
Os jihadistas assumiram o controle das minas públicas de Al Sharqiya e de Kneifess durante sua ofensiva contra a cidade de Palmira, segundo a ONG Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH).
Antes do início do conflito armado em 2011, a Síria era o quinto exportador mundial de fosfato. Segundo o ministério sírio do ramo, as vendas de fosfato ao interior e ao exterior caíram à metade nesses quatro anos. A tomada pelo EI dessas minas representa uma perda de 160 milhões de dólares.
A situação é igualmente ruim no que se refere ao petróleo, já que o EI se apoderou na semana passada de um dos últimos campos nas mãos do regime, o de Jazal, que produz 2.500 barris diários (bd), segundo o Syria Report.
Produção de petróleo despenca
A produção oficial caiu a 9.329 bd em 2014 contra 380.000 bd antes do início da guerra, em março de 2011, segundo o ministério do Petróleo. Antes do conflito, as receitas do petróleo eram de 3,8 bilhões de dólares anuais, 25% das receitas do Estado e 75% do valor das exportações.
Agora o EI produz mais petróleo do que o próprio governo sírio, 80.000 bd em comparação aos 17.000 bd que produzia em setembro de 2014, segundo o ministério do Petróleo.
Até agora, a produção dos campos de gás não foram muito afetadas pelos recentes avanços do EI, e subiu em 10 milhões de m3 diários, segundo o ministro de Petróleo, Suleiman Al Abas.
O ministro não avaliou, contudo, o impacto da tomada, pelo EI, dos campos de gás de Arak e Al Hel, próximos a Palmira.
Os principais campos de gás da Síria ficam no deserto, a lesta das cidades de Hama e Homs, perto das zonas de combate com o EI.
O valor das exportações totais da Síria caíram a 1,8 bilhão de dólares em 2014 contra 11,3 bilhões em 2010, segundo o jornal Watan, simpático ao regime.
Além dos hidrocarbonetos e produtos de mineração, a Síria exporta principalmente produtos agrícolas e agroalimentares, têxtil, couro, medicamentos, flores e cerâmica.
Para continuar funcionando, o Estado só pode contar com suas tarifas alfandegárias -de aproximadamente 550 milhões de dólares em 2014, segundo uma fonte oficial- com seus impostos dificilmente arrecadados e com as linhas de crédito oferecidas pelo Irã, principal aliado regional, que somam cerca de 4,6 bilhões de dólares.
As únicas receitas que Damasco pode contar são as tarifas e os impostos, o que obriga o regime de Bashar al Assad a ser cada vez mais dependente do financiamento que oferecido pelo aliado Irã.
Seu último revés foi a perda, no último fim de semana, de duas minas de fosfato do país, que caíram nas mãos do grupo Estado Islâmico (EI).
Os jihadistas assumiram o controle das minas públicas de Al Sharqiya e de Kneifess durante sua ofensiva contra a cidade de Palmira, segundo a ONG Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH).
Antes do início do conflito armado em 2011, a Síria era o quinto exportador mundial de fosfato. Segundo o ministério sírio do ramo, as vendas de fosfato ao interior e ao exterior caíram à metade nesses quatro anos. A tomada pelo EI dessas minas representa uma perda de 160 milhões de dólares.
A situação é igualmente ruim no que se refere ao petróleo, já que o EI se apoderou na semana passada de um dos últimos campos nas mãos do regime, o de Jazal, que produz 2.500 barris diários (bd), segundo o Syria Report.
Produção de petróleo despenca
A produção oficial caiu a 9.329 bd em 2014 contra 380.000 bd antes do início da guerra, em março de 2011, segundo o ministério do Petróleo. Antes do conflito, as receitas do petróleo eram de 3,8 bilhões de dólares anuais, 25% das receitas do Estado e 75% do valor das exportações.
Agora o EI produz mais petróleo do que o próprio governo sírio, 80.000 bd em comparação aos 17.000 bd que produzia em setembro de 2014, segundo o ministério do Petróleo.
Até agora, a produção dos campos de gás não foram muito afetadas pelos recentes avanços do EI, e subiu em 10 milhões de m3 diários, segundo o ministro de Petróleo, Suleiman Al Abas.
O ministro não avaliou, contudo, o impacto da tomada, pelo EI, dos campos de gás de Arak e Al Hel, próximos a Palmira.
Os principais campos de gás da Síria ficam no deserto, a lesta das cidades de Hama e Homs, perto das zonas de combate com o EI.
O valor das exportações totais da Síria caíram a 1,8 bilhão de dólares em 2014 contra 11,3 bilhões em 2010, segundo o jornal Watan, simpático ao regime.
Além dos hidrocarbonetos e produtos de mineração, a Síria exporta principalmente produtos agrícolas e agroalimentares, têxtil, couro, medicamentos, flores e cerâmica.
Para continuar funcionando, o Estado só pode contar com suas tarifas alfandegárias -de aproximadamente 550 milhões de dólares em 2014, segundo uma fonte oficial- com seus impostos dificilmente arrecadados e com as linhas de crédito oferecidas pelo Irã, principal aliado regional, que somam cerca de 4,6 bilhões de dólares.
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