Cepal: América Latina crescerá apenas 0,5% em 2015
Santiago, 29 Jul 2015 (AFP) - A América Latina encerrará 2015 com uma tímida expansão de 0,5% em seu Produto Interno Bruto (PIB), a mais baixa nos últimos seis anos, afetada pela crise no Brasil, principal economia do bloco - de acordo com as projeções revisadas pela Cepal e divulgadas nesta quarta-feira.
A contração de 1,5% da economia brasileira e de 5,5% na venezuelana terá impacto sobre o crescimento regional, que, este ano, chegará a seu menor valor desde 2009, quando fechou em queda de 1,3%, de acordo com a Comissão Econômica para América Latina e Caribe (Cepal).
Em contraposição, o crescimento regional será liderado pelo Panamá, com uma expansão de 6%, seguido por República Dominicana, com 4,8%, e Bolívia, que crescerá 4,5%. O México deve crescer 2,4%.
As economias regionais - sobretudo, as da América do Sul - estão sendo impactadas externamente pelo "lento crescimento da economia mundial em 2015, em particular a desaceleração da China e de outras economias emergentes, com exceção da Índia", que tem levado à queda dos preços das matérias-primas, motor do crescimento do subcontinente.
"Internamente, a contração do investimento, junto com a desaceleração do crescimento do consumo, explica - entre outros fatores - a redução da demanda interna, fator principal após o crescimento nos últimos anos", acrescenta o documento.
Os países da América do Sul serão os mais atingidos pela desaceleração regional, ao sofrer uma contração de 0,4%, segundo as projeções do organismo.
"A estagnação (do Brasil) está relacionada, principalmente, com a queda persistente do investimento nos últimos anos, que atenuou as receitas e os empregos e deu lugar a um menor nível de consumo e de produção. Isso afetou a arrecadação de impostos, gerando déficit e dívida pública", explicou o organismo.
"Além disso, a demanda externa fraca, em especial pela queda dos preços dos produtos primários, teve um impacto negativo nas exportações brasileiras", completou a Cepal.
A economia venezuelana terá um recuo expressivo em 2015 (-5,5%), gerado pela queda dos preços do petróleo, enquanto que, mais ao sul, seus sócios no Mercosul - Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai - sofrem com a queda dos preços das commodities. Por uma década, as matérias-primas puxaram a expansão econômica da região.
Já o Chile sofre com a queda dos preços do cobre, seu principal produto de exportação, cujo valor caiu para o menor nível em seis anos.
O menor crescimento terá um impacto negativo no emprego regional. Em média, para 2015, estima-se um aumento da taxa de desemprego para 6,5% da população, em comparação aos 6% do ano passado.
pa-gfe/aic/cc/tt
A contração de 1,5% da economia brasileira e de 5,5% na venezuelana terá impacto sobre o crescimento regional, que, este ano, chegará a seu menor valor desde 2009, quando fechou em queda de 1,3%, de acordo com a Comissão Econômica para América Latina e Caribe (Cepal).
Em contraposição, o crescimento regional será liderado pelo Panamá, com uma expansão de 6%, seguido por República Dominicana, com 4,8%, e Bolívia, que crescerá 4,5%. O México deve crescer 2,4%.
As economias regionais - sobretudo, as da América do Sul - estão sendo impactadas externamente pelo "lento crescimento da economia mundial em 2015, em particular a desaceleração da China e de outras economias emergentes, com exceção da Índia", que tem levado à queda dos preços das matérias-primas, motor do crescimento do subcontinente.
"Internamente, a contração do investimento, junto com a desaceleração do crescimento do consumo, explica - entre outros fatores - a redução da demanda interna, fator principal após o crescimento nos últimos anos", acrescenta o documento.
Os países da América do Sul serão os mais atingidos pela desaceleração regional, ao sofrer uma contração de 0,4%, segundo as projeções do organismo.
"A estagnação (do Brasil) está relacionada, principalmente, com a queda persistente do investimento nos últimos anos, que atenuou as receitas e os empregos e deu lugar a um menor nível de consumo e de produção. Isso afetou a arrecadação de impostos, gerando déficit e dívida pública", explicou o organismo.
"Além disso, a demanda externa fraca, em especial pela queda dos preços dos produtos primários, teve um impacto negativo nas exportações brasileiras", completou a Cepal.
A economia venezuelana terá um recuo expressivo em 2015 (-5,5%), gerado pela queda dos preços do petróleo, enquanto que, mais ao sul, seus sócios no Mercosul - Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai - sofrem com a queda dos preços das commodities. Por uma década, as matérias-primas puxaram a expansão econômica da região.
Já o Chile sofre com a queda dos preços do cobre, seu principal produto de exportação, cujo valor caiu para o menor nível em seis anos.
O menor crescimento terá um impacto negativo no emprego regional. Em média, para 2015, estima-se um aumento da taxa de desemprego para 6,5% da população, em comparação aos 6% do ano passado.
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