PIB dos EUA se recupera no segundo trimestre (+2,3%)
Washington, 30 Jul 2015 (AFP) - A atividade econômica se recuperou no segundo trimestre nos Estados Unidos, impulsionada por um maior consumo das famílias e um forte aumento das exportações, após um começo de ano melhor do que o previsto.
Entre abril e junho, o Produto Interno Bruto (PIB) americano cresceu 2,3% ao ano (dados corrigidos), o que representa uma clara aceleração em relação à alta de 0,6% do primeiro trimestre, segundo dados publicados nesta quinta-feira pelo Departamento de Comércio.
Os dados são uma boa notícia para a maior economia do mundo: até esta quinta-feira pensava-se que o PIB recuaria 0,2% no primeiro trimestre, afetado por um inverno rigoroso e uma queda das exportações.
O anúncio da queda despertou dúvidas sobre a solidez da economia americana e temores em vários países cuja economia depende em grande medida dos Estados Unidos.
Com 2,3% de crescimento no segundo trimestre, os Estados Unidos recuperam o ritmo e registram a maior expansão desde o terceiro trimestre do ano passado.
"Os números revisados do PIB (...) esboçam um quadro otimista e tranquilizam sobre a saúde da economia do país", comentou Chris Williamson, economista do Markit.
Segundo o Departamento, a melhora no segundo trimestre deve-se a uma mistura de "retomada das exportações", uma aceleração do gasto das famílias e uma desaceleração das importações, que integram o cálculo do PIB.
O gasto das famílias, motor do crescimento nos Estados Unidos, aumentou 2,9% contra 1,8% no primeiro trimestre. As compras de bens duráveis cresceram 7,3%, segundo os dados oficiais.
Depois de caírem por causa da valorização do dólar, as exportações voltaram a ter um bom desempenho (+5,3%) entre abril e junho depois da queda de 6% no trimestre anterior.
A melhora é mais palpável nos bens, tendão de Aquiles do comércio exterior dos EUA, cujas exportações subiram 6,8% no segundo trimestre depois de recuarem 11,7% nos três meses anteriores.
Ao mesmo tempo, as importações se desaceleraram fortemente, ao aumentar apenas 3,5% no período estudado, menos da metade que no primeiro trimestre do ano.
- Investimentos fracos -Mas o horizonte não está claro.
Os investimentos das empresas tiveram dificuldades para manter os dados positivos (0,3%) e se desaceleraram fortemente após a alta de 8,6% no primeiro trimestre.
Influenciado pela queda dos preços do petróleo, o setor das indústrias de extração cortou em mais de 68% seus investimentos no segundo trimestre depois de já ter feito isso no três meses anteriores (-44,5%), segundo o Departamento.
Por outro lado, o gasto do Estado federal voltou a ficar no vermelho (-1,1%), depois de ter aumentado 1,1% no primeiro trimestre. O setor militar foi o mais atingido, com um corte de gastos de 1,5% no segundo trimestre.
Apesar disso, a melhora do crescimento americano sem dúvida alimentará o debate sobre quando o Banco Central americano (Fed) normalizará sua política monetária.
Desde o final de 2008, o Fed mantém a taxa básica de juros próxima de zero a fim de sustentar a atividade econômica do país, mas já avisou que a elevará quando estiver satisfeito com a saúde da economia.
"Os novos dados e principalmente a revisão do primeiro trimestre eliminam as dúvidas sobre a saúde da economia, que tem dado a dirigentes tímidos um motivo para esperar para o aumento dos juros", opinou Williamson, que acredita que um aumento em setembro é cada vez mais provável.
Entre abril e junho, o Produto Interno Bruto (PIB) americano cresceu 2,3% ao ano (dados corrigidos), o que representa uma clara aceleração em relação à alta de 0,6% do primeiro trimestre, segundo dados publicados nesta quinta-feira pelo Departamento de Comércio.
Os dados são uma boa notícia para a maior economia do mundo: até esta quinta-feira pensava-se que o PIB recuaria 0,2% no primeiro trimestre, afetado por um inverno rigoroso e uma queda das exportações.
O anúncio da queda despertou dúvidas sobre a solidez da economia americana e temores em vários países cuja economia depende em grande medida dos Estados Unidos.
Com 2,3% de crescimento no segundo trimestre, os Estados Unidos recuperam o ritmo e registram a maior expansão desde o terceiro trimestre do ano passado.
"Os números revisados do PIB (...) esboçam um quadro otimista e tranquilizam sobre a saúde da economia do país", comentou Chris Williamson, economista do Markit.
Segundo o Departamento, a melhora no segundo trimestre deve-se a uma mistura de "retomada das exportações", uma aceleração do gasto das famílias e uma desaceleração das importações, que integram o cálculo do PIB.
O gasto das famílias, motor do crescimento nos Estados Unidos, aumentou 2,9% contra 1,8% no primeiro trimestre. As compras de bens duráveis cresceram 7,3%, segundo os dados oficiais.
Depois de caírem por causa da valorização do dólar, as exportações voltaram a ter um bom desempenho (+5,3%) entre abril e junho depois da queda de 6% no trimestre anterior.
A melhora é mais palpável nos bens, tendão de Aquiles do comércio exterior dos EUA, cujas exportações subiram 6,8% no segundo trimestre depois de recuarem 11,7% nos três meses anteriores.
Ao mesmo tempo, as importações se desaceleraram fortemente, ao aumentar apenas 3,5% no período estudado, menos da metade que no primeiro trimestre do ano.
- Investimentos fracos -Mas o horizonte não está claro.
Os investimentos das empresas tiveram dificuldades para manter os dados positivos (0,3%) e se desaceleraram fortemente após a alta de 8,6% no primeiro trimestre.
Influenciado pela queda dos preços do petróleo, o setor das indústrias de extração cortou em mais de 68% seus investimentos no segundo trimestre depois de já ter feito isso no três meses anteriores (-44,5%), segundo o Departamento.
Por outro lado, o gasto do Estado federal voltou a ficar no vermelho (-1,1%), depois de ter aumentado 1,1% no primeiro trimestre. O setor militar foi o mais atingido, com um corte de gastos de 1,5% no segundo trimestre.
Apesar disso, a melhora do crescimento americano sem dúvida alimentará o debate sobre quando o Banco Central americano (Fed) normalizará sua política monetária.
Desde o final de 2008, o Fed mantém a taxa básica de juros próxima de zero a fim de sustentar a atividade econômica do país, mas já avisou que a elevará quando estiver satisfeito com a saúde da economia.
"Os novos dados e principalmente a revisão do primeiro trimestre eliminam as dúvidas sobre a saúde da economia, que tem dado a dirigentes tímidos um motivo para esperar para o aumento dos juros", opinou Williamson, que acredita que um aumento em setembro é cada vez mais provável.
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