Negociações sobre mudanças climáticas acontecem em Bonn para avançar acordo
Paris, 29 Ago 2015 (AFP) - A menos de 100 dias da conferência internacional de Paris sobre o clima, uma nova rodada de negociações acontecerá na semana que vem em Bonn para avançar num possível acordo que limite o aquecimento global.
"Temos que acelerar o ritmo das negociações", declarou na última quarta-feira o secretário geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon.
Durante cinco dias, de 31 de agosto a 4 de setembro, os representantes dos 195 países participantes da convenção da ONU sobre o clima estudarão sobre o acordo.
Supõe-se que esse documento, base das negociações para um anteprojeto de acordo, seja mais claro que o anterior, ainda que mantenha as opções abertas para que tudo possa ser debatido.
Hoje, mais do que nunca, é urgente tomar uma atitude. A Terra bateu novos recordes de calor em julho, com temperaturas mensais sem precedentes desde que começaram os registros, em 1880, e os sete primeiros meses foram os mais quentes de todos os anos.
Os compromissos nacionais de redução de gases do efeito estufa anunciadas até agora - por cerca de 60 países, responsáveis por 70% das emissões globais - não permitiram cumprir com o objetivo de limitar o aquecimento a um aumento de 2°C.
Na rodada anterior de negociações, em julho, haviam sido feitas poucas alterações no texto base, e os representantes instruíram os co-presidentes do debate a deixar mais claro o documento.
"Os co-presidentes conseguiram grandes avanços", comemorou a representante da França Laurence Tubiana. "Agora, temos que reduzir as opções dadas aos países", completou.
- Impulso político -Entre os temas pendentes estão a divisão dos esforços entre os países ricos - os que, historicamente, emitiram mais gases do efeito estufa - e os países pobres e emergentes.
Uma primeira parte do documento negociado, a mais breve, identifica o que poderia estar no acordo definitivo em Paris, e outra parte reconhece os aspectos específicos que poderiam ser abordados durante a conferência na capital francesa.
Se os negociadores conseguirem mover algumas questões sobre as quais há consenso para as partes 1 e 2, "seria ótimo", afirmou Liz Gallagher, ONG E3G.
Uma reunião ministerial em julho, com presença de cerca de 50 países em Paris, permitiu "progressos" sobre algumas questões chaves, como a necessidade de um acordo permanente e de criar um mecanismo regular para atualizar os compromissos coletivos para reduzir gases de efeito estufa, de acordo Tubiana.
Ainda deve ser analisado se esses avanços "começarão a dar resultados nas posturas dos países no texto final e se um sentido de compromisso e consenso estará presente em algumas questões", disse Alden Meyer, do laboratório de ideias Union of Concerned Scientists.
Os dois processos - os encontros a nível político e as negociações da ONU - "devem se integrar bem e se alimentarem mutuamente", afirma, convencido de que a "orientação deverá ser firmada por ministros e dirigentes" políticos.
País sediará uma nova reunião entre ministros nos dias 6 e 7 de setembro, depois das negociações em Bonn.
"Temos que acelerar o ritmo das negociações", declarou na última quarta-feira o secretário geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon.
Durante cinco dias, de 31 de agosto a 4 de setembro, os representantes dos 195 países participantes da convenção da ONU sobre o clima estudarão sobre o acordo.
Supõe-se que esse documento, base das negociações para um anteprojeto de acordo, seja mais claro que o anterior, ainda que mantenha as opções abertas para que tudo possa ser debatido.
Hoje, mais do que nunca, é urgente tomar uma atitude. A Terra bateu novos recordes de calor em julho, com temperaturas mensais sem precedentes desde que começaram os registros, em 1880, e os sete primeiros meses foram os mais quentes de todos os anos.
Os compromissos nacionais de redução de gases do efeito estufa anunciadas até agora - por cerca de 60 países, responsáveis por 70% das emissões globais - não permitiram cumprir com o objetivo de limitar o aquecimento a um aumento de 2°C.
Na rodada anterior de negociações, em julho, haviam sido feitas poucas alterações no texto base, e os representantes instruíram os co-presidentes do debate a deixar mais claro o documento.
"Os co-presidentes conseguiram grandes avanços", comemorou a representante da França Laurence Tubiana. "Agora, temos que reduzir as opções dadas aos países", completou.
- Impulso político -Entre os temas pendentes estão a divisão dos esforços entre os países ricos - os que, historicamente, emitiram mais gases do efeito estufa - e os países pobres e emergentes.
Uma primeira parte do documento negociado, a mais breve, identifica o que poderia estar no acordo definitivo em Paris, e outra parte reconhece os aspectos específicos que poderiam ser abordados durante a conferência na capital francesa.
Se os negociadores conseguirem mover algumas questões sobre as quais há consenso para as partes 1 e 2, "seria ótimo", afirmou Liz Gallagher, ONG E3G.
Uma reunião ministerial em julho, com presença de cerca de 50 países em Paris, permitiu "progressos" sobre algumas questões chaves, como a necessidade de um acordo permanente e de criar um mecanismo regular para atualizar os compromissos coletivos para reduzir gases de efeito estufa, de acordo Tubiana.
Ainda deve ser analisado se esses avanços "começarão a dar resultados nas posturas dos países no texto final e se um sentido de compromisso e consenso estará presente em algumas questões", disse Alden Meyer, do laboratório de ideias Union of Concerned Scientists.
Os dois processos - os encontros a nível político e as negociações da ONU - "devem se integrar bem e se alimentarem mutuamente", afirma, convencido de que a "orientação deverá ser firmada por ministros e dirigentes" políticos.
País sediará uma nova reunião entre ministros nos dias 6 e 7 de setembro, depois das negociações em Bonn.
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