China segue agitando os mercados financeiros
Xangai, 2 Set 2015 (AFP) - A Bolsa de Xangai sofreu novas perturbações nesta quarta-feira, assim como outras bolsas asiáticas, alarmadas pelos persistentes sinais de debilidade da economia chinesa, consideradas um mau sinal para o crescimento global.
A principal bolsa chinesa chegou a cair 4,39% na abertura, depois de uma terça-feira com fortes baixas em todo o mundo, mas se recuperou ao longo de um dia de grande volatilidade para fechar com uma queda moderada, de 0,20%, enquanto as principais bolsas europeias abriam em alta.
A Bolsa de Shenzhen fechou, por sua vez, em queda de 1,98%, e Hong Kong retrocedeu 1,18%.
As incertezas sobre a China impactam em todo o mundo.
A Austrália, cujo principal sócio comercial é a China, teve no período abril-junho um crescimento econômico de apenas 0,2%, inferior ao previsto, e o dólar australiano - que depende em grande medida dos enormes recursos mineradores do país - se aproxima atualmente de sua cotação mínima em seis anos.
O Canadá, por sua vez, entrou oficialmente em recessão devido à freada abrupta de seu setor petrolífero, afetado pelo desabamento do preço do barril.
Tanto a Austrália quanto o Canadá são muito dependentes de suas exportações de matérias primas, como o minério de fero, que alimentaram o crescimento chinês da última década.
Uma situação que também repercute na América Latina, já que a China é a segunda origem das importações e o terceiro destino das exportações do subcontinente, segundo a Cepal. E 75% destes produtos exportados são primários, de grãos a petróleo.
Os investidores também encaram com preocupação a possibilidade de que o Federal Reserve (Fed) americano aumente em setembro suas taxas de juros, uma medida que teria um impacto negativo no dinamismo da economia.
"A falta de tranquilidade pela economia mundial é atiçada pelas preocupações sobre a China e, num momento em que o Fed avalia aumentar suas taxas, os investidores estão nervosos", explicou Shane Oliver, analista do AMP Capital Investors, em declarações à agência Bloomberg.
Os dados chineses revelaram na terça-feira uma contração importante da atividade industrial da segunda economia mundial.
Os mercados financeiros da China estão geralmente desconectados da economia real, mas a China, que representa 13% do PIB mundial, é um motor vital da economia global.
E muitos analistas se perguntam se a China, depois de anos de crescimento de dois dígitos, conseguirá realizar com êxito sua transição a um modelo econômico mais sólido, com maior desenvolvimento dos setores do consumo e dos serviços.
Os Estados Unidos, que saíram da recessão, mas sem afastar totalmente o fantasma da crise de 2008, convocarão a China a expor seus planos na reunião do G20 de potências industrializadas e emergentes que será realizada nesta semana na Turquia.
Apesar destas dificuldades, a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, afirmou nesta quarta-feira em Jacarta que as economias asiáticas resistem relativamente bem e que a região continua sendo um fator chave do crescimento mundial.
dan-hg/ev/jac/ggy/js/app/ma
A principal bolsa chinesa chegou a cair 4,39% na abertura, depois de uma terça-feira com fortes baixas em todo o mundo, mas se recuperou ao longo de um dia de grande volatilidade para fechar com uma queda moderada, de 0,20%, enquanto as principais bolsas europeias abriam em alta.
A Bolsa de Shenzhen fechou, por sua vez, em queda de 1,98%, e Hong Kong retrocedeu 1,18%.
As incertezas sobre a China impactam em todo o mundo.
A Austrália, cujo principal sócio comercial é a China, teve no período abril-junho um crescimento econômico de apenas 0,2%, inferior ao previsto, e o dólar australiano - que depende em grande medida dos enormes recursos mineradores do país - se aproxima atualmente de sua cotação mínima em seis anos.
O Canadá, por sua vez, entrou oficialmente em recessão devido à freada abrupta de seu setor petrolífero, afetado pelo desabamento do preço do barril.
Tanto a Austrália quanto o Canadá são muito dependentes de suas exportações de matérias primas, como o minério de fero, que alimentaram o crescimento chinês da última década.
Uma situação que também repercute na América Latina, já que a China é a segunda origem das importações e o terceiro destino das exportações do subcontinente, segundo a Cepal. E 75% destes produtos exportados são primários, de grãos a petróleo.
Os investidores também encaram com preocupação a possibilidade de que o Federal Reserve (Fed) americano aumente em setembro suas taxas de juros, uma medida que teria um impacto negativo no dinamismo da economia.
"A falta de tranquilidade pela economia mundial é atiçada pelas preocupações sobre a China e, num momento em que o Fed avalia aumentar suas taxas, os investidores estão nervosos", explicou Shane Oliver, analista do AMP Capital Investors, em declarações à agência Bloomberg.
Os dados chineses revelaram na terça-feira uma contração importante da atividade industrial da segunda economia mundial.
Os mercados financeiros da China estão geralmente desconectados da economia real, mas a China, que representa 13% do PIB mundial, é um motor vital da economia global.
E muitos analistas se perguntam se a China, depois de anos de crescimento de dois dígitos, conseguirá realizar com êxito sua transição a um modelo econômico mais sólido, com maior desenvolvimento dos setores do consumo e dos serviços.
Os Estados Unidos, que saíram da recessão, mas sem afastar totalmente o fantasma da crise de 2008, convocarão a China a expor seus planos na reunião do G20 de potências industrializadas e emergentes que será realizada nesta semana na Turquia.
Apesar destas dificuldades, a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, afirmou nesta quarta-feira em Jacarta que as economias asiáticas resistem relativamente bem e que a região continua sendo um fator chave do crescimento mundial.
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