InBev faz apelo para que acionistas da SABMiller aceitem fusão
Bruxelas, 8 Out 2015 (AFP) - A AB InBev, empresa de capital belga e brasileiro que é líder mundial entre as cervejas, fez um apelo nesta quinta-feira aos acionistas da concorrente SABMiller para que aceitem a oferta de compra rejeitada pelo Conselho de Administração da companhia britânica.
"Se os acionistas concordam que tem que acontecer um verdadeiro debate, deveriam dizer em voz alta e não permitir que o Conselho de Administração da SABMiller frustre o processo e deixe escapar esta oportunidade", afirma um comunicado da AB InBev divulgado em Bruxelas.
"Nossa proposta representa uma valorização significativa para todos", completa o comunicado, assinado pelo diretor geral da empresa, o brasileiro Carlos Brito.
A SABMiller rejeitou nesta quinta-feira pela terceira vez uma proposta de fusão da InBev, que elevou a oferta a 68 bilhões de libras esterlinas (103 bilhões de dólares, 92,27 bilhões de euros), a 42,15 libras por ação.
Essa proposta valorizava em 44% a cotação das ações da SABMiller no fechamento da sessão de 14 de setembro.
Também contemplava a possibilidade de que os acionistas da SABMiller entrassem no capital da InBev, recebendo por cada uma de suas ações um pouco menos de meia ação (0,48) da empresa belga-brasileira, embora limitando essa opção a 41% do total das ações em circulação da companhia britânica.
O Conselho de Administração da SABMiller alegou que a oferta "ainda deprecia consideravelmente" os ativos da empresa.
A rejeição foi aprovada com a dissidência da empresa de tabaco americana Altria, que possui 27% do capital da SABMiller.
Um acordo entre as duas companhias reuniria na mesma empresa as marcas de cerveja Budweiser, Corona e Stella Artois, sob controle da Ab InBev, assim como Foster's, Grolsch, Peroni e Pilsner Urquell, que pertencem a SABMiller.
Se a fusão for concretizada, será a terceira maior aquisição da historia, atrás das protagonizadas pela Vodafone e a Mannesmann em 1999 e pela Verizon Communications e a Verizon Wireless em 2013, segundo o instituto de análise Dealogic.
A SABMiller não comentou até agora o apelo da InBev aos acionistas.
A AB InBev afirmou que a fusão ofereceria grandes vantagens, dando ao novo gigante uma dimensão verdadeiramente mundial.
"Consideradas as localizações geográficas amplamente complementares e as marcas da AB Inbev e da SABMiller, o grupo operaria em quase todos os grandes mercados de cerveja, incluindo as regiões emergentes com fortes perspectivas de crescimento na África, Ásia, América Central e do Sul", explicou a AB InBev.
Ao apelar para os acionistas, a InBev, pretende "pressionar publicamente a família Santo Domingo (que tem 14% do capital da SAB), para que aceite um acordo que já conta com a aprovação do grupo Altria (27% do capital)", afirmou o analista Connor Campbell, da consultora Spreadex.
Até as 14H00 GMT, a ação da Inbev perdia 1,30% na Bolsa de Bruxelas e a da SABMiller registrou uma queda marginal de 0,06% na de Londres.
arp/dk-may-pn-js/jz/cc
"Se os acionistas concordam que tem que acontecer um verdadeiro debate, deveriam dizer em voz alta e não permitir que o Conselho de Administração da SABMiller frustre o processo e deixe escapar esta oportunidade", afirma um comunicado da AB InBev divulgado em Bruxelas.
"Nossa proposta representa uma valorização significativa para todos", completa o comunicado, assinado pelo diretor geral da empresa, o brasileiro Carlos Brito.
A SABMiller rejeitou nesta quinta-feira pela terceira vez uma proposta de fusão da InBev, que elevou a oferta a 68 bilhões de libras esterlinas (103 bilhões de dólares, 92,27 bilhões de euros), a 42,15 libras por ação.
Essa proposta valorizava em 44% a cotação das ações da SABMiller no fechamento da sessão de 14 de setembro.
Também contemplava a possibilidade de que os acionistas da SABMiller entrassem no capital da InBev, recebendo por cada uma de suas ações um pouco menos de meia ação (0,48) da empresa belga-brasileira, embora limitando essa opção a 41% do total das ações em circulação da companhia britânica.
O Conselho de Administração da SABMiller alegou que a oferta "ainda deprecia consideravelmente" os ativos da empresa.
A rejeição foi aprovada com a dissidência da empresa de tabaco americana Altria, que possui 27% do capital da SABMiller.
Um acordo entre as duas companhias reuniria na mesma empresa as marcas de cerveja Budweiser, Corona e Stella Artois, sob controle da Ab InBev, assim como Foster's, Grolsch, Peroni e Pilsner Urquell, que pertencem a SABMiller.
Se a fusão for concretizada, será a terceira maior aquisição da historia, atrás das protagonizadas pela Vodafone e a Mannesmann em 1999 e pela Verizon Communications e a Verizon Wireless em 2013, segundo o instituto de análise Dealogic.
A SABMiller não comentou até agora o apelo da InBev aos acionistas.
A AB InBev afirmou que a fusão ofereceria grandes vantagens, dando ao novo gigante uma dimensão verdadeiramente mundial.
"Consideradas as localizações geográficas amplamente complementares e as marcas da AB Inbev e da SABMiller, o grupo operaria em quase todos os grandes mercados de cerveja, incluindo as regiões emergentes com fortes perspectivas de crescimento na África, Ásia, América Central e do Sul", explicou a AB InBev.
Ao apelar para os acionistas, a InBev, pretende "pressionar publicamente a família Santo Domingo (que tem 14% do capital da SAB), para que aceite um acordo que já conta com a aprovação do grupo Altria (27% do capital)", afirmou o analista Connor Campbell, da consultora Spreadex.
Até as 14H00 GMT, a ação da Inbev perdia 1,30% na Bolsa de Bruxelas e a da SABMiller registrou uma queda marginal de 0,06% na de Londres.
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