Senado decide manter prisão de Delcídio do Amaral, do PT
Brasília, 26 Nov 2015 (AFP) - A Polícia Federal prendeu nesta quarta-feira, em Brasília, o senador da bancada governista Delcídio do Amaral (PT-MS), no âmbito das investigações da Operação Lava Jato, sendo o primeiro senador a ser preso no exercício da atividade parlamentar no país.
Horas depois de sua detenção e em uma decisão inédita na Casa, o Senado aprovou em votação aberta - por 59 votos a favor, 13 contra e uma abstenção - a manutenção da prisão de Delcídio. O pedido foi feito pela Procuradoria-Geral da República e autorizada pelo Supremo Tribunal Federal.
"Ele está preso em uma delegacia da Polícia Federal. O pedido de prisão preventiva foi feito, porque estava atrapalhando as investigações, e não tem outro jeito de evitar que faça isso (...) Está em uma cela especial, porque tem foro privilegiado", disse à AFP uma assessora de imprensa da PGR, sobre a prisão de Amaral.
O pedido de detenção alega que Delcídio ofereceu a Nestor Cerveró, ex-diretor da área internacional da Petrobras, que está preso, a possibilidade de fuga para a Espanha - pelo Paraguai - além de pagamento mensal de R$ 50 mil para sua família, se não assinasse o acordo de delação premiada.
De acordo com o juiz do STF, Teori Zavascki, que autorizou as prisões, as manobras do senador representam "grave ameaça à ordem pública mediante esforços desmedidos para garantir a própria impunidade".
Também foi preso hoje, no Rio de Janeiro, o banqueiro André Esteves, de 47 anos, CEO do BTG Pactual, o maior banco de investimentos da América Latina, com escritórios em quatro continentes. Segundo a revista Forbes, sua fortuna é estimada em 2,1 bilhões de dólares. As ações da empresa despencaram pelo menos 21% no Ibovespa.
"O país está mudando", disse o analista Claudio Gonçalves Couto, da Fundação Getulio Vargas, acrescentando que "uma situação como essa mostra que não importa se você é seandor, ou um grande banqueiro. Você também pode ir para a prisão".
A prisão de André Esteves "preocupa, porque é uma figura muito respeitada no mercado financeiro", comentou Angelo Larozi, analista da Walpires Corretora, em São Paulo.
As revelações mostram uma "atuação concreta e intensa do senador Delcídio do Amaral e do banqueiro André Esteves para evitar a celebração de um acordo de delação premiada entre o Ministério Público e Nestor Cerveró, ou pelo menos, evitar que, caso aconteçam, sejam delatados", escreveu o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, no pedido de prisão.
A Justiça também emitiu ordens de prisão para o chefe de gabinete do senador, Diogo Ferreira Rodriguez, e o advogado Edson Ribeiro.
dw-nr-sms-rs/fj/tt
Horas depois de sua detenção e em uma decisão inédita na Casa, o Senado aprovou em votação aberta - por 59 votos a favor, 13 contra e uma abstenção - a manutenção da prisão de Delcídio. O pedido foi feito pela Procuradoria-Geral da República e autorizada pelo Supremo Tribunal Federal.
"Ele está preso em uma delegacia da Polícia Federal. O pedido de prisão preventiva foi feito, porque estava atrapalhando as investigações, e não tem outro jeito de evitar que faça isso (...) Está em uma cela especial, porque tem foro privilegiado", disse à AFP uma assessora de imprensa da PGR, sobre a prisão de Amaral.
O pedido de detenção alega que Delcídio ofereceu a Nestor Cerveró, ex-diretor da área internacional da Petrobras, que está preso, a possibilidade de fuga para a Espanha - pelo Paraguai - além de pagamento mensal de R$ 50 mil para sua família, se não assinasse o acordo de delação premiada.
De acordo com o juiz do STF, Teori Zavascki, que autorizou as prisões, as manobras do senador representam "grave ameaça à ordem pública mediante esforços desmedidos para garantir a própria impunidade".
Também foi preso hoje, no Rio de Janeiro, o banqueiro André Esteves, de 47 anos, CEO do BTG Pactual, o maior banco de investimentos da América Latina, com escritórios em quatro continentes. Segundo a revista Forbes, sua fortuna é estimada em 2,1 bilhões de dólares. As ações da empresa despencaram pelo menos 21% no Ibovespa.
"O país está mudando", disse o analista Claudio Gonçalves Couto, da Fundação Getulio Vargas, acrescentando que "uma situação como essa mostra que não importa se você é seandor, ou um grande banqueiro. Você também pode ir para a prisão".
A prisão de André Esteves "preocupa, porque é uma figura muito respeitada no mercado financeiro", comentou Angelo Larozi, analista da Walpires Corretora, em São Paulo.
As revelações mostram uma "atuação concreta e intensa do senador Delcídio do Amaral e do banqueiro André Esteves para evitar a celebração de um acordo de delação premiada entre o Ministério Público e Nestor Cerveró, ou pelo menos, evitar que, caso aconteçam, sejam delatados", escreveu o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, no pedido de prisão.
A Justiça também emitiu ordens de prisão para o chefe de gabinete do senador, Diogo Ferreira Rodriguez, e o advogado Edson Ribeiro.
dw-nr-sms-rs/fj/tt
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.