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Banco italiano Monte Paschi cortará empregos e fechará agências

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Imagem: Reprodução

25/10/2016 12h43

Milão, 25 Out 2016 (AFP) - O banco Monte Paschi di Siena (BMPS), considerado o mais fraco do sistema bancário italiano, anunciou nesta terça-feira (25) um plano de viabilidade que prevê a supressão de 2.600 postos de trabalho e o fechamento de aproximadamente 500 agências.

O objetivo da entidade, a terceira da Itália e a mais antiga do mundo, é chegar a um lucro líquido de 1,1 bilhão de euros nos próximos três anos.

No terceiro trimestre deste ano, o BMPS teve perdas de 1,15 bilhão de euros, comparadas com os lucros de 255,8 milhões de um ano atrás. Contando os primeiros nove meses do ano, as perdas sobem para 848,7 milhões de euros.

Esses resultados são consequência das reservas extraordinárias do banco de 750 milhões de euros para enfrentar a perda de créditos.

O banco, em dificuldades há vários anos, registrou lucro pela primeira vez em 2015 (390 milhões de euros) após cinco anos de prejuízos.

O plano de viabilidade 2016-2019 foi implementado por Marco Morelli, novo presidente do banco desde 20 de setembro.

O objetivo é reduzir custos com o fechamento de 500 agências --de um total de 2.000-- e com a supressão de 2.600 postos de trabalho.

O Monte Paschi espera, assim, cortar os custos de pessoal em 9% nos próximos três anos, a um máximo de 1,5 bilhão de euros.

Os gastos administrativos deveriam por sua parte ser reduzidos em 4%, a 710 milhões de euros em 2019, graças à racionalização e à redução de sua rede de agências.

O banco também quer valorizar seus 4,5 milhões de clientes relançando sua atividade comercial e acelerando a digitalização de seus serviços.

O plano também inclui a melhora da qualidade dos créditos e a redução de riscos, acelerando a recuperação de créditos podres.