Economia da AL fechará 2016 com contração de 1,1%, diz Cepal
Santiago, 14 dez 2016 (AFP) - A economia da América Latina encerra 2016 com uma contração de 1,1%, com a América do Sul duramente afetada, em especial pela queda dos preços das matérias-primas - informou a Cepal nesta quarta-feira (14), acrescentando que, para 2017, a previsão é de um crescimento de 1,3%.
"A região finalizará 2016 com uma contração média de 1,1%, em que a América do Sul será a sub-região mais afetada, com uma queda de 2,4%, enquanto o Caribe se contrairá 1,7%, e a América Central terá um crescimento positivo de 3,6%", detalha o relatório da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), apresentado em sua sede em Santiago.
Dos dez países sul-americanos, quatro terminam o ano no vermelho: Venezuela (9,7%), Brasil (3,6%), Argentina (2%) e Equador (2%), afetados por uma forte queda do investimento e do consumo, indicou a Cepal.
Já Bolívia e Paraguai vão liderar o crescimento sul-americano com 4%, seguidos por Peru (3,9%), Colômbia (2%), Chile (1,6%) e Uruguai (0,6%).
Em contrapartida, a América Central vai registrar um crescimento de 3,6%, menor do que os 4,7% de 2015. O México crescerá 2%, graças à exportação de hidrocarbonetos.
A República Dominicana vai liderar as economias da América Central com 6,4%, seguida por Panamá (5,2%), Nicarágua (4,8%) e Costa Rica (4,1%).
'Tênue' recuperação em 2017A Cepal espera uma "tênue" recuperação de 1,3% nas economias latino-americanas, em 2017, deixando para trás dois anos consecutivos de contração, graças a uma "melhora nos preços das matérias-primas".
"Estamos em um ponto de inflexão. A América Latina e o Caribe voltarão a crescer, mas de maneira moderada e sem motores claros que a impulsionem", afirmou a secretária-executiva da Cepal, Alicia Bárcena, em entrevista coletiva.
A recuperação da América Latina "será frágil, enquanto durarem as incertezas do contexto econômico, em particular as tendências protecionistas recentemente observadas", principalmente após os anúncios do presidente eleito americano, Donald Trump, de que poderia mudar o rumo das economias da região, sobretudo no caso do México.
"Há um risco de ir para o protecionismo. Há um risco de mais nacionalismo, mas não sabemos no que vai se traduzir. Os Estados Unidos são um vizinho muito importante", explicou Barcena.
Diante dessa conjuntura, a Cepal recomenda os países a "continuarem fomentando o investimento mediante políticas econômicas anticíclicas, aumentar a produtividade de medidas fiscais ativas e ajustes inteligentes", além de reduzir a evasão - que chega a 6,7% do PIB regional.
"Retomar os investimentos é totalmente fundamental, além de abandonar a política monetária restritiva", afirmou o secretário-adjunto da Cepal, Antonio Prado, na apresentação do informe.
"A região finalizará 2016 com uma contração média de 1,1%, em que a América do Sul será a sub-região mais afetada, com uma queda de 2,4%, enquanto o Caribe se contrairá 1,7%, e a América Central terá um crescimento positivo de 3,6%", detalha o relatório da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), apresentado em sua sede em Santiago.
Dos dez países sul-americanos, quatro terminam o ano no vermelho: Venezuela (9,7%), Brasil (3,6%), Argentina (2%) e Equador (2%), afetados por uma forte queda do investimento e do consumo, indicou a Cepal.
Já Bolívia e Paraguai vão liderar o crescimento sul-americano com 4%, seguidos por Peru (3,9%), Colômbia (2%), Chile (1,6%) e Uruguai (0,6%).
Em contrapartida, a América Central vai registrar um crescimento de 3,6%, menor do que os 4,7% de 2015. O México crescerá 2%, graças à exportação de hidrocarbonetos.
A República Dominicana vai liderar as economias da América Central com 6,4%, seguida por Panamá (5,2%), Nicarágua (4,8%) e Costa Rica (4,1%).
'Tênue' recuperação em 2017A Cepal espera uma "tênue" recuperação de 1,3% nas economias latino-americanas, em 2017, deixando para trás dois anos consecutivos de contração, graças a uma "melhora nos preços das matérias-primas".
"Estamos em um ponto de inflexão. A América Latina e o Caribe voltarão a crescer, mas de maneira moderada e sem motores claros que a impulsionem", afirmou a secretária-executiva da Cepal, Alicia Bárcena, em entrevista coletiva.
A recuperação da América Latina "será frágil, enquanto durarem as incertezas do contexto econômico, em particular as tendências protecionistas recentemente observadas", principalmente após os anúncios do presidente eleito americano, Donald Trump, de que poderia mudar o rumo das economias da região, sobretudo no caso do México.
"Há um risco de ir para o protecionismo. Há um risco de mais nacionalismo, mas não sabemos no que vai se traduzir. Os Estados Unidos são um vizinho muito importante", explicou Barcena.
Diante dessa conjuntura, a Cepal recomenda os países a "continuarem fomentando o investimento mediante políticas econômicas anticíclicas, aumentar a produtividade de medidas fiscais ativas e ajustes inteligentes", além de reduzir a evasão - que chega a 6,7% do PIB regional.
"Retomar os investimentos é totalmente fundamental, além de abandonar a política monetária restritiva", afirmou o secretário-adjunto da Cepal, Antonio Prado, na apresentação do informe.
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