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Uruguai fará 'tudo o que for possível' para assinar TLC com China, diz ministro

26/12/2016 13h23

Montevidéu, 26 dez 2016 (AFP) - O Uruguai fará "tudo o que for possível" para assinar un Tratado de Livre Comércio (TLC) com a China, e espera o apoio do Mercosul, disse o ministro da Economia do país sul-americano, Danilo Astori, em uma entrevista publicada nesta segunda-feira.

"Do ponto de vista do Uruguai, vamos fazer tudo o que for possível para que o TLC aconteça", afirmou Astori em uma entrevista publicada no jornal La República.

Como membro do Mercosul, o governo uruguaio precisa da anuência de seus outros sócios no bloco regional para assinar um acordo bilateral, segundo as normas internas.

"O Uruguai fez o pedido ao Mercosul. Como se sabe, o Brasil adiantou uma opinião negativa no sentido de que o TLC requer um acordo entre todos os membros do Mercosul. A posição da Argentina não é tão rígida, acho", comentou Astori.

Desde a posse de Mauricio Macri na Argentina e de Michel Temer no Brasil tem sido pedida uma flexibilização do Mercosul, na medida que alguns sócios atravessam recessões ou estagnação econômica.

O ministro uruguaio defendeu que para o Uruguai a assinatura do TLC "seria absolutamente fundamental", considerando que o governo busca atrair novos investimentos para o país.

"O Uruguai tem uma vontade muito forte de ir em frente (com o TLC), mas terá que considerar também a situação da região. E sobretudo a vontade de que tanto a China quanto os nossos sócios do Mercosul hajam para que o Uruguai possa fazer este tratado", acrescentou.

Em outubro do ano passado, durante uma viagem a Pequim do presidente Tabaré Vázquez, Uruguai e China assinaram um acordo de Aliança Estratégica na tentativa de avançar a um TLC.

Como consequência dessa viagem, em Vázquez se reuniu com o chinês Xi Jinping, Astori destacou que "várias firmas chinesas manifestaram seu interesse" em investir no Uruguai. "E estão até nos visitando".

A China é atualmente o segundo mercado para as vendas uruguaias ao exterior, embora tenha sido o primeiro em 2015, com compras de mais de 2,07 bilhões de dólares, o que representa 23% de suas exportações totais.