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G20 prorroga por seis meses moratória da dívida dos países mais pobres

Por conta da pandemia da covid-19, G20 prorroga moratória de dívida de países -                                 AFP
Por conta da pandemia da covid-19, G20 prorroga moratória de dívida de países Imagem: AFP

14/10/2020 21h43

Riade, 14 Out 2020 (AFP) - O clube dos 20 países mais desenvolvidos do mundo (G20) anunciou hoje, durante uma reunião virtual presidida pela Arábia Saudita, uma extensão de seis meses da moratória sobre a dívida dos países mais pobres, duramente atingidos pela pandemia da covid-19.

"Os ministros das Finanças e os governadores dos Bancos Centrais do G20 concordaram em prolongar por seis meses a iniciativa de suspensão do serviço da dívida dos países mais vulneráveis para apoiar sua luta contra a pandemia da covid-19", anunciou o grupo no Twitter.

O ministro das Finanças saudita, Mohamed Al Jaadan, confirmou a decisão em uma coletiva de imprensa virtual após a reunião.

A prorrogação será estendida até 30 de junho de 2021 e poderá ser ampliada até o final do ano, durante a próxima reunião do Fundo Monetário Internacional e do Banco Mundial, segundo a declaração final.

As 20 principais economias mundiais haviam prometido em abril a suspensão em 2020 do serviço da dívida dos países pobres, particularmente afetados pela crise da saúde. O Banco Mundial e organizações internacionais já haviam solicitado o prolongamento da medida.

Além disso, o G20 abordou a possibilidade de uma reestruturação da dívida dos países mais pobres, um passo que iria para além da simples suspensão de pagamentos.

"Reconhecemos que tratar a dívida para além da suspensão do serviço da dívida pode ser necessário em alguns casos", comentou o G20, acrescentando que "acordou o princípio de um marco comum" para gerenciar o tema.

O secretário americano do Tesouro, Steven Mnuchin, destacou nesta quarta-feira à noite, em Washington, que "em um determinado número de países, os devedores e os credores terão que trabalhar juntos e rapidamente para reestruturar a dívida, em particular para desbloquear o financiamento indispensável do FMI".

O marco para isto será definido em outra reunião extraordinária do grupo de finanças antes da cúpula do G20, em novembro.