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Ajuda financeira na pandemia reduziu pobreza nos EUA, diz governo

O distrito escolar de Los Angeles estima que 18 mil crianças não têm casa. A Califórnia é a quinta economia do mundo, mas tem um recorde na taxa de pobreza dos Estados Unidos, se o custo de vida for levado em conta - Frederic J. Brown/AFP
O distrito escolar de Los Angeles estima que 18 mil crianças não têm casa. A Califórnia é a quinta economia do mundo, mas tem um recorde na taxa de pobreza dos Estados Unidos, se o custo de vida for levado em conta Imagem: Frederic J. Brown/AFP

14/09/2021 16h43

Os estímulos econômicos que o governo dos Estados Unidos ofereceu durante a pandemia de covid-19 em 2020 aumentaram as receitas das famílias e reduziram o número de americanos que vivem na pobreza, é o que revela uma análise dos dados publicados pelo governo nesta terça-feira (14).

"A renda familiar média real, descontados os impostos, cresceu 4% entre 2019 e 2020", informou o Departamento do Censo dos Estados Unidos.

Diante do fechamento de grande parte da economia dos EUA por conta da pandemia, o que resultou em um enorme aumento do desemprego, o Congresso americano aprovou uma série de pacotes de auxílio em dinheiro às famílias e de fundos para permitir que as empresas continuassem efetuando o pagamento de salários.

Assim, a aferição da pobreza que levou em conta o pagamento dos estímulos caiu para 9,1%, ou seja, 2,6 pontos percentuais a menos que em 2019, segundo o departamento.

Contudo, ao se desconsiderar a ajuda oferecida pelo governo, o índice de pobreza chega a 11,4%, o que representa o primeiro aumento em seis anos, com a inclusão 3,3 milhões de pessoas em 2020.

Além disso, e também desconsiderando o estímulo, a renda familiar média ficou em US$ 67.521 (R$ 352.824) em 2020, o que representa uma queda de 2,9% em relação a 2019, segundo o Departamento do Censo dos Estados Unidos, que acrescentou que se trata da "primeira redução estatisticamente significativa desde 2011".