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EUA irão punir pagamentos ilegais em criptomoedas, diz jornal

Segundo um relatório de fevereiro, transações em criptomoedas com fins ilegais somaram US$ 10 bi em 2020 - Getty Images
Segundo um relatório de fevereiro, transações em criptomoedas com fins ilegais somaram US$ 10 bi em 2020 Imagem: Getty Images

Em Washington

18/09/2021 01h04

O governo de Joe Biden prepara sanções contra várias entidades para combater as transações ilícitas com criptomoedas, informou o "Wall Street Journal" ontem.

O Tesouro dos EUA planeja impor sanções a partir da próxima semana, observou o jornal, citando fontes familiarizadas com o assunto. Consultado pela AFP na noite de ontem, o Tesouro não respondeu.

Segundo especialistas citados pelo jornal especializado em finanças, o Departamento do Tesouro, que não informou o objetivo das sanções, deve mirar nas carteiras digitais que recebem transações de resgate e nas plataformas que ajudam a transferir esses valores.

Além dessas punições específicas, o Tesouro pretende emitir novas pautas para as empresas sobre os riscos associados à facilitação de pagamentos, após ataques de ransomware. Também haveria multas, segundo o jornal.

A segurança cibernética é um dos cavalos de batalha do governo Biden, após uma onda de ataques, especialmente com criptomoedas, ter revelado vulnerabilidades importantes.

Os órgãos reguladores costumam criticar o bitcoin por seu uso ilegal. A criptomoeda já foi usada por hackers, que exigem de empresas ou comunidades locais o pagamento de resgate para restaurar serviços bloqueados.

Muitos ataques foram atribuídos a grupos com sede na Rússia, que atuariam com a aprovação tácita do Kremlin. Em julho, o presidente Biden pediu ao colega russo, Vladimir Putin, que tome medidas contra os ataques de ransomware.

Segundo um relatório de fevereiro da Chainalysis, as transações em criptomoedas com fins ilegais somaram US$ 10 bilhões em 2020, 1% da atividade total com criptoativos no ano passado. A quantidade de resgates pagos com criptomoedas alcançou quase US$ 350 milhões no mesmo ano.