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Irã deseja transformar América Latina em 'prioridade comercial' do país

Presidente iraniano destacou relação especial com a Venezuela, com quem os persas devem assinar um acordo de cooperação - Economy Vice President"s Office/Anadolu Agency via Getty Images
Presidente iraniano destacou relação especial com a Venezuela, com quem os persas devem assinar um acordo de cooperação Imagem: Economy Vice President's Office/Anadolu Agency via Getty Images

Em Teerã (Irã)

18/10/2021 11h35Atualizada em 18/10/2021 17h33

O Irã quer transformar os países latino-americanos em uma das "prioridades" de suas relações comerciais, afirmou hoje o presidente Ebrahim Raissi, após um encontro com o ministro das Relações Exteriores venezuelano, Felix Plasencia.

"América Latina, especialmente a Venezuela, é uma das prioridades da diplomacia econômica do Irã e estamos determinados a desenvolver nossas relações com esses países", afirmou Raissi, segundo a agência de notícias oficial Irna.

À frente de uma delegação, Plasencia se reuniu hoje em Teerã com altos responsáveis iranianos.

O Irã deseja "o desenvolvimento significativo das relações com os países em desenvolvimento, especialmente com aqueles que buscam manter sua independência contra os países dominantes", acrescentou Raissi, referindo-se aos Estados Unidos.

Washington impôs sanções às exportações de petróleo da Venezuela e do Irã — ambos importantes Estados produtores de petróleo —, assim como a muitos funcionários do governo e militares.

"Com um plano de cooperação a longo prazo entre os dois países, existe uma visão clara para ampliar e aprofundar as relações", afirmou Raissi.

O chanceler venezuelano também se encontrou com seu homólogo iraniano, Hossein Amir-Abdollahian.

"Nos próximos meses, teremos a visita do presidente (da Venezuela) Nicolás Maduro em Teerã, durante a qual será assinado um pacto de cooperação de 20 anos", informou Amir-Abdollahian, sem detalhar o acordo.

Durante vários anos, a Venezuela enfrenta uma crise econômica e política, enquanto a economia iraniana sofreu o restabelecimento das sanções americanas em 2018, após a retirada unilateral do ex-presidente americano Donald Trump do acordo nuclear internacional com o Irã.