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Receita da Huawei cai 32% nos primeiros três trimestres de 2021

A gigante chinesa de telecomunicações Huawei anunciou que sua receita despencou 32% nos três primeiros trimestres do ano - lcva2/Getty Images
A gigante chinesa de telecomunicações Huawei anunciou que sua receita despencou 32% nos três primeiros trimestres do ano Imagem: lcva2/Getty Images

29/10/2021 08h32Atualizada em 29/10/2021 17h55

A gigante chinesa de telecomunicações Huawei anunciou, nesta sexta-feira (29), que sua receita despencou 32% nos três primeiros trimestres do ano, principalmente devido a uma queda acentuada nas vendas de seus telefones celulares em razão das sanções impostas pelo governo dos Estados Unidos.

A Huawei é vítima da guerra comercial e tecnológica entre os Estados Unidos e a China, depois que o ex-presidente americano Donald Trump agiu contra a empresa por suspeita de que ela poderia representar uma ameaça de cibersegurança e espionagem.

O volume de vendas de janeiro a setembro caiu para 455,8 bilhões de yuans (US $ 71,3 bilhões), de acordo com um comunicado da empresa.

O presidente da Huawei, Guo Ping, comentou que a empresa foi significativamente afetada durante este período, mas que o segmento de operadoras de telecomunicações "permanece estável".

Os Estados Unidos não forneceram evidências de suas alegações sobre uma suposta ameaça à segurança, mas proibiram a Huawei de adquirir componentes essenciais, como microchips, e a impediram de usar o sistema operacional Android, do Google.

Além disso, a receita da Huawei caiu em 2020 devido, em parte, à sua versão mais barata de celular, Honor, que foi vendida no final do ano passado para ajudar a marca a manter o acesso aos componentes e sobreviver.

Essa situação obrigou a empresa a se voltar para novas linhas de negócios, como tecnologia e software para veículos eletrônicos.

A Huawei é a maior fornecedora mundial de equipamentos de telecomunicações e uma das três maiores produtoras de smartphones, juntamente com a Apple e a Samsung.

Mas sua queda no ranking de smartphones se deve à pressão dos Estados Unidos.