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Agência reduz previsão da demanda mundial por petróleo por causa dos confinamentos na China

A agência indica que reduziu a estimativa de demanda mundial em 260.000 barris diários (b/d) em relação ao seu informe mensal anterior  - Sergei Karpukhin/Reuters
A agência indica que reduziu a estimativa de demanda mundial em 260.000 barris diários (b/d) em relação ao seu informe mensal anterior Imagem: Sergei Karpukhin/Reuters

Em Paris

13/04/2022 07h44

A AIE (Agência Internacional de Energia) reduziu a previsão da demanda mundial por petróleo, em virtude dos confinamentos na China e se mostrou confiante em relação ao equilíbrio do mercado, apesar da guerra na Ucrânia, em seu comunicado mensal publicado hoje.

"As novas medidas restritivas de confinamentos devido aos casos de covid na China provocaram uma redução da previsão de nossas expectativas para a demanda global de petróleo no segundo trimestre de 2022 e para o conjunto do ano", indicou a AIE.

Como consequência, a agência indica que reduziu a estimativa de demanda mundial em 260.000 barris diários (b/d) em relação ao seu informe mensal anterior e aposta agora em um consumo de 99,4 milhões de barris diários em 2022, ou seja, uma alta de 1,9 milhão de b/d em relação a 2021.

Na China, em consequência do ressurgimento de casos de covid-19, foram impostos confinamentos muito restritos como na região de Xangai, que castigam duramente a atividade econômica.

Do lado da Rússia - o maior exportador mundial e que invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro -, a produção cairia em média 1,5 milhãos de b/d em abril. Em maio, por causa das sanções internacionais, a queda seria de 3 milhões b/d aproximadamente, estima a AIE.

"Enquanto alguns compradores, mais particularmente na Ásia, aumentam as compras de barris russos a preços muito reduzidos, os clientes tradicionais reduzem" suas compras, segundo o comunicado.

Porém "apesar das perturbações na Rússia", a AIE estima que "a queda esperada da demanda, os aumentos regulares da produção de parte dos membros da OPEP+, assim como por parte dos Estados Unidos e outros países não membros da OPEP+ e o fato de que os países membros da AIE recorreriam em larga escala a suas reservas, deveria evitar que aconteça um forte déficit" e "deveriam conseguir equilibrar o mercado".