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Apax e Bain planejam fazer oferta vinculante por ativos da Oi Portugal no dia 28 de novembro

Anabela Reis

19/11/2014 16h58

19 de novembro (Bloomberg) ? A Apax Partners LLP e a Bain Capital Partners LLC ainda estão trabalhando para garantir o financiamento de sua oferta pelos ativos portugueses da Oi SA e pretendem apresentar uma oferta vinculante no dia 28 de novembro, de acordo com duas fontes do setor.

As empresas especializadas em aquisições estão dando continuidade ao processo de diligência prévia (due diligence) e potenciais credores estão comprometidos com a oferta, disse uma das fontes, que solicitou anonimato porque a informação é confidencial.

Quando a oferta realizada pelas empresas de private equity, no valor de 7,075 bilhões de euros (US$ 8,9 bilhões), foi divulgada pela Oi no dia 12 de novembro, o comunicado dizia que uma oferta final estaria sujeita à aprovação dos comitês de investimento da Apax e da Bain. O lance concorre com a Altice SA, do bilionário Patrick Drahi, que está oferecendo 50 milhões a menos pelos ativos da operadora telefônica portuguesa. Embora na semana passada a Oi não tenha dito como a Bain e a Apax pretendem financiar a oferta, a Altice afirmou que financiará sua oferta com dinheiro e dívida.

Todd Fogarty, porta-voz da Apax na Kekst Co., e Alex Stanton, porta-voz da Bain que trabalha na Stanton Public Relations Marketing, não quiseram fazer comentários. Um assessor de imprensa da Oi também não quis comentar.

Os licitantes estão tentando se expandir em um mercado que vai se beneficiar com a crescente demanda por downloads e streaming de vídeo pela web à medida que os europeus começarem a utilizar velocidades mais altas de transmissão de dados. Um lance bem-sucedido da Altice ou de suas rivais também desembaraçaria a fusão da Portugal Telecom SGPS SA e da Oi, prejudicada pela dívida não paga em uma unidade do Grupo Espírito Santo e pela troca do CEO.

Financiar a consolidação

Ambos os lances excluem a dívida de curto prazo de 897 milhões de euros que a Rioforte Investments SA, do Espírito Santo, não pagou e que foi mantida pela Portugal Telecom.

A Portugal Telecom SGPS, a companhia controladora de capital aberto que possui uma participação minoritária na Oi, não tem nenhum controle operacional sobre os ativos portugueses, apesar de ter poder de veto sobre a venda deles, de acordo com duas fontes do setor.

A arrecadação oriunda da venda ajudaria a Oi a reduzir sua dívida de US$ 18 bilhões e a participar na consolidação do maior mercado de telecomunicações da América Latina.

A Oi poderia utilizar a arrecadação para fazer um possível lance por sua rival maior, a Tim Participações SA, que é controlada pela Telecom Italia SpA.

O CEO da Telecom Italia, Marco Patuano, disse ontem que a empresa pretende corroborar, em uma reunião de diretores que ocorrerá no dia 21 de novembro, que sua unidade de celulares no Brasil é fundamental para a estratégia de crescimento da operadora italiana.

Título em inglês: Apax, Bain Said to Plan Binding Oi Portugal Asset Bid Nov. 28

Para entrar em contato com o repórter: Anabela Reis, em Lisboa, areis1@bloomberg.net