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Família Benetton busca parceiros para investimentos após venda da WDF, dizem fontes

Tommaso Ebhardt

31/03/2015 13h34

(Bloomberg) -- Os Benetton, a bilionária família italiana, estão buscando parceiros para seus negócios, que abrangem restaurantes em rodovias, aeroportos e a marca de roupas que ostenta seu nome. Eles pretendem reformular seu patrimônio de US$ 11 bilhões, segundo fontes informadas sobre o assunto.

A família, que no dia 28 de março fechou um negócio de venda do controle da rede World Duty Free SpA, que funciona nos aeroportos, estudará parcerias para ajudar a expandir a Autogrill SpA, maior gestora de restaurantes de estradas, segundo as fontes, que pediram anonimato porque as discussões são privadas.

Ao mesmo tempo, a família reestruturará a fabricante de roupas Benetton nos próximos três anos antes de procurar um parceiro industrial, dizem as fontes. E a Edizione Srl, holding da Benetton, poderá usar parte dos US$ 1,4 bilhão em recursos da venda de sua participação de 51 por cento na World Duty Free para novos investimentos fora da Itália em seus principais segmentos de negócios.

Representantes da família Benetton preferiram não comentar.

A Edizione, que neste mês aumentou o valor líquido de seus ativos para 10,3 bilhões de euros, contra 8,3 bilhões no final de 2014, está concluindo uma remodelação de sua administração. O vice-presidente do conselho, Gianni Mion, 71, que trabalha com os Benetton há quase três décadas, deverá deixar a empresa em maio. Ele será substituído pelo gerente-geral, Carlo Bertazzo, 49, que trabalhou com Mion durante 20 anos.

Compra de empresas

A Autogrill, que tem um valor de mercado de 2,3 bilhões de euros, está em posição de comprar outras empresas no ramo de restaurantes e lojas de estradas e um primeiro negócio pode acontecer no ano que vem, disseram as fontes. O CEO Gianmario Tondato disse no início do mês que embora o grupo vá "estudar" uma transação, ele não espera que aconteça nenhuma a curto prazo.

A família estudaria parceiros para expandir sua empresa concessionária de estradas, a Autostrade per l'Italia, e a gestora do aeroporto de Roma, a Aeroporti di Roma, disseram as fontes. Ambas são unidades da Atlantia SpA. A companhia, controlada pelos Benetton, disse em janeiro que está à procura de um parceiro para expandir seus negócios aeroportuários para o exterior e que poderá vender uma participação na Aeroporti di Roma neste ano.

Luciano Benetton fundou a empresa de roupas em 1965, perto da cidade de Treviso, no norte da Itália -- a 30 minutos de carro de Veneza -- com seus irmãos Carlo, Giuliana e Gilberto. Eles terceirizaram a produção para fábricas locais na Itália para manter os custos baixos e desenvolveram uma fórmula para franquias que possibilitou que a empresa abrisse milhares de lojas sem arcar com todos os custos.

O aumento da concorrência de redes de varejo como a Zara, da Inditex SA, derrubou os preços das ações da Benetton até o momento em que a empresa decidiu fechar seu capital, em 2012, quando estava avaliada em menos de 1 bilhão de euros. A empresa de roupas atualmente é o maior problema para a família resolver. A Benetton, conhecida por seus artigos de malha coloridos e brilhantes e pelas campanhas publicitárias controversas, tinha um valor de mercado de mais de 4 bilhões de euros há uma década.

A Benetton contratou Marco Airoldi, da Boston Consulting Group, em maio de 2014 como novo CEO da rede de varejo para reformular o negócio antes de procurar parceiros industriais para expandir-se na Ásia e possivelmente na África.

Título em inglês: Benettons Said to Seek Partners for Investments After WDF Sale

Para entrar em contato com o repórter: Tommaso Ebhardt, em Milão, +39-02-8064-4231 ou tebhardt@bloomberg.net._Por Tommaso Ebhardt (Bloomberg) -- Os Benetton, a bilionária família italiana, estão buscando parceiros para seus negócios, que abrangem restaurantes em rodovias, aeroportos e a marca de roupas que ostenta seu nome. Eles pretendem reformular seu patrimônio de US$ 11 bilhões, segundo fontes informadas sobre o assunto.

A família, que no dia 28 de março fechou um negócio de venda do controle da rede World Duty Free SpA, que funciona nos aeroportos, estudará parcerias para ajudar a expandir a Autogrill SpA, maior gestora de restaurantes de estradas, segundo as fontes, que pediram anonimato porque as discussões são privadas.

Ao mesmo tempo, a família reestruturará a fabricante de roupas Benetton nos próximos três anos antes de procurar um parceiro industrial, dizem as fontes. E a Edizione Srl, holding da Benetton, poderá usar parte dos US$ 1,4 bilhão em recursos da venda de sua participação de 51 por cento na World Duty Free para novos investimentos fora da Itália em seus principais segmentos de negócios.

Representantes da família Benetton preferiram não comentar.

A Edizione, que neste mês aumentou o valor líquido de seus ativos para 10,3 bilhões de euros, contra 8,3 bilhões no final de 2014, está concluindo uma remodelação de sua administração. O vice-presidente do conselho, Gianni Mion, 71, que trabalha com os Benetton há quase três décadas, deverá deixar a empresa em maio. Ele será substituído pelo gerente-geral, Carlo Bertazzo, 49, que trabalhou com Mion durante 20 anos.

Compra de empresas

A Autogrill, que tem um valor de mercado de 2,3 bilhões de euros, está em posição de comprar outras empresas no ramo de restaurantes e lojas de estradas e um primeiro negócio pode acontecer no ano que vem, disseram as fontes. O CEO Gianmario Tondato disse no início do mês que embora o grupo vá "estudar" uma transação, ele não espera que aconteça nenhuma a curto prazo.

A família estudaria parceiros para expandir sua empresa concessionária de estradas, a Autostrade per l'Italia, e a gestora do aeroporto de Roma, a Aeroporti di Roma, disseram as fontes. Ambas são unidades da Atlantia SpA. A companhia, controlada pelos Benetton, disse em janeiro que está à procura de um parceiro para expandir seus negócios aeroportuários para o exterior e que poderá vender uma participação na Aeroporti di Roma neste ano.

Luciano Benetton fundou a empresa de roupas em 1965, perto da cidade de Treviso, no norte da Itália -- a 30 minutos de carro de Veneza -- com seus irmãos Carlo, Giuliana e Gilberto. Eles terceirizaram a produção para fábricas locais na Itália para manter os custos baixos e desenvolveram uma fórmula para franquias que possibilitou que a empresa abrisse milhares de lojas sem arcar com todos os custos.

O aumento da concorrência de redes de varejo como a Zara, da Inditex SA, derrubou os preços das ações da Benetton até o momento em que a empresa decidiu fechar seu capital, em 2012, quando estava avaliada em menos de 1 bilhão de euros. A empresa de roupas atualmente é o maior problema para a família resolver. A Benetton, conhecida por seus artigos de malha coloridos e brilhantes e pelas campanhas publicitárias controversas, tinha um valor de mercado de mais de 4 bilhões de euros há uma década.

A Benetton contratou Marco Airoldi, da Boston Consulting Group, em maio de 2014 como novo CEO da rede de varejo para reformular o negócio antes de procurar parceiros industriais para expandir-se na Ásia e possivelmente na África.

Título em inglês: Benettons Said to Seek Partners for Investments After WDF Sale

Para entrar em contato com o repórter: Tommaso Ebhardt, em Milão, tebhardt@bloomberg.net.