Governo italiano quer acordo para geração de empregos e SUV da Lamborghini fica mais perto de virar realidade
(Bloomberg) -- A Automobili Lamborghini SpA pode finalmente estar se aproximando da produção de um veículo utilitário esportivo de alta performance para ricos em um momento em que o governo da Itália, sedento por empregos, está oferecendo incentivos, segundo fontes com conhecimento do assunto.
Em troca do plano da Lamborghini de contratar até 300 pessoas, o governo do primeiro-ministro Matteo Renzi está preparado para oferecer até 100 milhões de euros (US$ 111 milhões) em incentivos fiscais e outros benefícios para uma nova unidade de montagem italiana para o crossover, disseram as fontes, que pediram anonimato porque as discussões são privadas. As negociações a respeito dos incentivos estão programadas para serem retomadas na terça-feira em Roma, segundo as fontes.
Conhecida por carros esportivos baixos como o Huracan, de US$ 237.000, a Lamborghini revelou um protótipo do SUV Urus, um carro alto, em 2012. Desde então, a marca de supercarros vem refinando o modelo de negócio do veículo em um esforço para conseguir a aprovação de sua empresa-mãe, a Audi, da Volkswagen AG. Se a marca conseguir luz verde para a produção, o carro disputará o posto de crossover mais esportivo do mundo com o Aston Martin DBX, que está para sair.
O governo italiano está tentando fechar o acordo para abrir vagas de empregos fabris mais estáveis para combater uma taxa de desemprego que estagnou acima dos 12,5 por cento. Os empregadores vêm atrasando as contratações e a economia está atolada na recessão desde a segunda metade de 2011, o período mais longo da história.
Paralelamente às negociações com o governo, a fabricante de veículos italiana também está buscando conseguir horários de trabalho mais flexíveis com os sindicatos locais. A fabricante com sede em Sant'Agata Bolognese visa a conseguir aprovação para construir o modelo até o fim de junho, mas o momento e o resultado final das negociações são difíceis de prever, disseram as fontes.
Porsche Cayenne
Para reduzir os custos, o chassi e outros componentes básicos deverão ser produzidos em outras fábricas da VW, como, por exemplo, na planta de Bratislava, na Eslováquia, onde é fabricada a estrutura do SUV Porsche Cayenne, disseram as fontes.
"Nós ainda não nos decidimos a respeito da produção em série do Lamborghini Urus", disse a Audi em um comunicado enviado por e-mail. "Quando essa situação for esclarecida, a questão a respeito do local de produção será colocada".
A Audi está procurando ampliar a linha da Lamborghini além dos supercarros de dois assentos, que têm um apelo limitado em mercados emergentes como a China, onde as condições das estradas podem ser ruins. Este será o primeiro SUV da Lamborghini desde o fim da produção do quadradão LM002 -- o chamado Rambo Lambo --, em 1993.
A iniciativa surge em um momento em que a riqueza cada vez maior entre os mais ricos levou as principais fabricantes de carros de luxo a realizarem vendas recordes no ano passado. No caso da Lamborghini, as entregas subiram 19 por cento e atingiram a maior alta da história, de 2.530 carros. A Lamborghini havia dito anteriormente que existia potencial para comercializar 3.000 crossovers de desempenho por ano, mais do que o dobro do tamanho da marca.
"Do ponto de vista empresarial, trata-se de uma oportunidade", disse o CEO da Audi, Rupert Stadler, em entrevista na sede da Bloomberg em Nova York, no início deste ano.
Título em inglês: Lamborghini SUV Moves Closer to Reality as Italy Seeks Jobs Deal
Para entrar em contato com os repórteres: Christoph Rauwald, em Frankfurt, crauwald@bloomberg.net; Tommaso Ebhardt, em Milão, tebhardt@bloomberg.net; Chiara Vasarri, em Roma, cvasarri@bloomberg.net.
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