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Empreendimento da British American Tobacco recebe impulso de crescimento do turismo em Cuba

Andrew Willis

02/07/2015 15h24

(Bloomberg) - O descongelamento das relações entre os EUA e Cuba e o consequente aumento do turismo na ilha caribenha estão resultando ser uma bênção para o empreendimento da British American Tobacco Plc.

As vendas de cigarros da Brascuba, uma joint venture entre a Souza Cruz SA do Brasil e a empresa estatal cubana Tabacuba, cresceram 18,5% nos primeiros cinco meses deste ano, segundo um dos seus presidentes, Alexandre Carpenter. A Souza Cruz é controlada pela BAT, com sede em Londres.

"O consumo dos turistas é enorme", disse Carpenter em entrevista do seu escritório em Havana. "E grande parte do montante gasto por eles em impostos e gorjetas nos restaurantes e bares fica em Cuba. Portanto, os cubanos que trabalham no setor estão ganhando mais".

A Brascuba se une à fabricante de rum Pernod Ricard SA ao perceber uma alta dos negócios desde que os EUA concordaram em normalizar as relações com Cuba em dezembro. Além do crescimento do turismo, a expansão do setor privado de Cuba e medidas iniciais para a unificação das duas moedas da ilha também estão impulsionando as vendas, disse Carpenter.

A maioria dos servidores públicos de Cuba recebe em pesos cubanos (CUP), ao passo que estrangeiros normalmente pagam em restaurantes e pensões com o peso convertível (CUC), que é mais forte e está em paridade cambial com o dólar.

Algumas das marcas mais caras da Brascuba são vendidas apenas em CUC, o que acarreta que os cubanos que desejavam fumar tinham que ir primeiro a uma casa de câmbio. A partir de outubro, os clientes podem pagar em ambas as moedas, disse Carpenter.