Disney escala filho da Cruella para defender seu negócio de brinquedos dos contos de fadas
(Bloomberg) -- A Walt Disney Co. tem um longo histórico de lucros com princesas de contos de fadas, como a Branca de Neve e a Cinderela. Agora, a empresa está tentando a sorte com vilões fofinhos.
O mais recente musical de TV da Disney, "Descendentes", apresenta os filhos de alguns de seus lendários personagens malvados, como Cruella de Vil. O filme estreará no dia 31 de julho no canal a cabo que leva o mesmo nome da empresa. Assim como muitos projetos da companhia com sede em Burbank, Califórnia, depois que o filme chegar à telinha as prateleiras das lojas receberão brinquedos, bonecos, um álbum com a trilha sonora e fantasias para Halloween.
Com "Descendentes", a maior empresa de entretenimento do mundo está criando um universo de novos personagens a partir de outros que as crianças e os pais já conhecem -- neste caso, os descendentes de vilões famosos de clássicos animados. Os contos de fadas e as princesas geraram US$ 2,89 bilhões em receita anual com mercadorias para a Disney e parceiras como a Hasbro Inc. Este é um negócio que atrai a concorrência da Mattel Inc., da Warner Bros. e da Universal Pictures.
"Isso permite à Disney proteger seu reduto", disse Sean McGowan, analista da indústria de brinquedos da Oppenheimer Co. em Nova York. "Eles estão totalmente voltados aos contos de fadas e às princesas".
"Descendentes" é um filme de ação com duração de cerca de duas horas protagonizado por quatro adolescentes: os filhos da Cruella, de "Os 101 Dálmatas"; da Malévola, de "A Bela Adormecida"; da Rainha Má, de "Branca de Neve e os Sete Anões"; e do Jafar, de "Aladdin".
Forçados a viver no exílio na Ilha dos Perdidos com seus pais vilões, Mal, Evie, Carlos e Jay são convidados pelo príncipe Ben (filho do casal de protagonistas de "A Bela e a Fera") para estudar em uma escola preparatória com os filhos adolescentes da Fada Madrinha, da Cinderela, da Bela Adormecida e da Mulan.
Think Tank
Não é algo incomum, atualmente, que filmes e programas de TV gerem brinquedos e vice-versa. Os brinquedos Transformers, da Hasbro, foram a base de um dos principais filmes de 2014, "Transformers: A Era da Extinção", da Paramount Pictures.
A ideia de "Descendentes" veio de uma think-tank criativa internacional convocada pela divisão de produtos ao consumidor da Disney. O braço de publicação do grupo lançou "The Isle of the Lost: A Descendants Novel" ("A Ilha dos Perdidos: Uma história dos descendentes", em tradução livre) em maio. Kenny Ortega, que foi diretor e um dos coreógrafos da trilogia "High School Musical", do Disney Channel, retorna a essas funções com "Descendentes". A Radio Disney também transmitirá a produção.
A Disney aposta alto nas princesas. Dentro da empresa, as vendas da categoria em 2013 ficaram atrás apenas das do Mickey Mouse e seus amigos, segundo a Licensing Letter, uma publicação do setor. E está enfrentando mais concorrência.
No dia 9 de outubro, a Warner Bros., que pertence à Time Warner Inc., lançará "Peter Pan", uma adaptação de ação da história de J.M. Barrie com Hugh Jackman. A Universal, que faz parte da Comcast Corp., lançará "O Caçador", uma sequência de seu sucesso de 2012, "Branca de Neve e o Caçador", em abril do ano que vem.
Nem todos os filmes da Disney viram sucesso no ramo das mercadorias.
Os brinquedos de "Descendentes" aparecerão nas prateleiras juntamente com produtos fabricados para a versão teatral da Disney, de maio, de "Tomorrowland: Um Lugar Onde Nada é Impossível". Esse filme, estrelado por George Clooney, foi um fracasso nas bilheterias e poderá ter um prejuízo de US$ 131 milhões, segundo estimativa da SNL Kagan.
"Nem tudo o que eles tocam funciona", disse Glenn Demby, editor da Letter, a respeito do licenciamento da Disney. Defender princesas com "Descendentes", contudo, é "provavelmente uma jogada muito inteligente".
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