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Índia testa míssil de longo alcance com capacidade nuclear

Bibhudatta Pradhan

26/12/2016 14h33

(Bloomberg) -- A Índia realizou um teste bem-sucedido com seu míssil com capacidade nuclear de alcance mais longo, confirmando presença no seleto grupo de países munidos de armas capazes de viajar de um continente a outro.

O Agni-V, que tem alcance de mais de 5.000 quilômetros, concluiu seu teste final no complexo da Organização de Pesquisa e Desenvolvimento da Defesa indiana (DRDO, na sigla em inglês) na ilha Abdul Kalam, ao largo da costa do estado de Odisha, na parte leste do país, na segunda-feira.

"Este foi o quarto teste do míssil Agni-5 e o segundo de um canister montado em um lançador móvel rodoviário", informou o Ministério da Defesa indiano em comunicado. "As quatro missões foram bem-sucedidas."

O presidente da Índia, Pranab Mukherjee, confirmou o lançamento com um tuíte. "Felicitações à DRDO pelo lançamento bem-sucedido do Agni V. Isso melhorará nossas capacidades estratégicas e de dissuasão", escreveu. Na sequência, o primeiro-ministro do país, Narendra Modi, também tuitou: "Isto soma uma força tremenda à nossa defesa estratégica."

Os programas espaciais e de mísseis da Índia, juntamente com um crescimento econômico de mais de 7% e a candidatura a um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU, compõem os esforços do país para ampliar suas capacidades de defesa e se consolidar como potência mundial.

O Agni-V, de fabricação doméstica, é capaz de chegar a Pequim, reportou o serviço de notícias IANS em julho. A Índia ingressou em um grupo formado por EUA, Rússia, China, França e Reino Unido, países que possuem mísseis balísticos internacionais, ao realizar o primeiro teste do Agni-V, em 2012.

O leque atual de mísseis da Índia é basicamente pensado para confrontos com a China e o Paquistão, rivais vizinhos. A Índia já travou três guerras com o Paquistão e uma com a China.

Embora continuem havendo diferenças em relação a disputas fronteiriças, a Índia e a China melhoraram seus laços políticos, econômicos e militares nos últimos anos. Já as relações entre a Índia e o Paquistão estão em seu pior momento em mais de uma década.