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Uma aposta de US$ 65 mi em cuidados de animais em viagens

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James Tarmy

14/02/2017 14h13

(Bloomberg) -- A viagem de animais de estimação em companhias aéreas é muito regulamentada, assim como a dos humanos. A maior diferença é que as normas para os bichos procuram tornar a viagem mais confortável, e não menos. Uma das regras recentes exige que os aeroportos tenham "banheiros" internos para os animais.

Mas em uma época em que 80% dos donos de animais se referem a eles como filhos, ainda há muita margem para melhorar, tanto no voo quanto no solo.

No Aeroporto JFK, The Ark (a arca), um novo serviço de US$ 65 milhões em um terminal de mais de 16.535 metros quadrados, é um passo para melhorar a experiência antes da decolagem.

O espaço terá uma piscina rasa, canil para passar a noite e serviços de microchip para monitorar os animais antes do voo. Mais à frente, esse serviço, o primeiro do tipo nos EUA, também terá um spa para os bichos.

Em certo sentido, o The Ark está fazendo é agilizar, mais do que revolucionar, o processo de viajar com animais. Os dois principais serviços para cachorros que oferece --acompanhar os animais na alfândega e no embarque, e cuidar deles durante as escalas, quando necessário-- já existem, mas não são tão eficientes.

"Pode ser uma situação complicada, em que o dono de um animal desembarca de um voo, vai ao terminal de carga, passa pela alfândega e pelo controle de fronteira e faz tudo sozinho", disse Elizabeth A. Schuette, diretora administrativa de The Ark (seu marido, John J. Cuticelli Jr., é o incorporador do projeto). "É um grande esforço."

Espaço da The Ark está pronto para receber cavalos no JFK  - Divulgação - Divulgação
Espaço da The Ark está pronto para receber cavalos no JFK
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The Ark se apresenta como um serviço completo. "Podemos passar pela alfândega em nome dos donos ou usar um despachante de alfândega", disse Schuette. "Isso significa mudar o processo e defender melhorias."

Exceto por alguns poucos casos notórios, os animais de estimação conseguem sobreviver bem às escalas. A maioria das companhias aéreas tem áreas destinadas a eles, conhecidas no setor como AVI (abreviatura da expressão francesa "animaux vivant", ou seja, animais vivos). Mas Schuette destacou possibilidades de melhora: animais de países exóticos, por exemplo, nem sempre passam por quarentena.

"Geralmente as condições de biossegurança não são cumpridas", disse Schuette. "E às vezes a aérea cobra uma comissão de serviço que pode chegar a US$ 75". Como The Ark está criando seu próprio mercado, os preços são bastante razoáveis, disse ela.

Apesar de suas comodidades mais elaboradas, Schuette espera convencer os donos de animais e as companhias aéreas de que The Ark oferece um serviço racional, e não uma extravagância. "Estamos procurando as empresas aéreas, nos reunindo com elas e conversando sobre a melhor maneira de tratar esses animais", disse ela.