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Um novo motivo para ir ao museu: a comida

Adam Erace

17/02/2017 12h32

(Bloomberg) -- É cada vez mais caro construir -- e visitar - um museu, por isso faz sentido que o estereótipo da cafeteria de museu esteja passando por uma metamorfose. "As pessoas pensam que a instituição está simplesmente destinada a ter comida 'institucional', mas um museu fantástico deveria ter uma comida comparável", diz Sonja Finn, a chef de Pittsburgh, nos EUA, recentemente incumbida de coordenar o programa de culinária do Museu de Arte Carnegie. No mundo inteiro esse sentimento é cada vez mais real, pois museus de alto nível atualmente servem mais charcutaria caseira e Grüner Veltliner do que Super Pretzels e refrigerante. Veja onde encontrar alguns deles.

Spiritmuseum, Estocolmo, Suécia

Quando o Spiritmuseum (dedicado a bebidas, não a fantasmas) foi aberto na ilha de Djurgården, na Suécia, seu restaurante de pedra e vigas cheio de luz serviu para dar boas-vindas a Petter Nilsson em sua volta para casa. O chef retornou após cozinhar durante 15 anos em Paris, especialmente no La Gazzetta, o aclamado neobistrô que ajudou a criar. "Um amigo da nossa família é o diretor do Teatro Municipal de Estocolmo e o museu mudou para onde era o teatro", disse Nilsson ao Eater, em 2014. "Foi uma boa coincidência." Após admirarem a coleção de arte Absolut ou uma degustação de aquavita, os frequentadores podem desfrutar de pratos nórdicos centrados em ingredientes e específicos de cada estação.

SFMOMA, São Francisco, EUA

Recentemente apontado pelo San Francisco Chronicle como o restaurante do ano, o In Situ foi aberto em julho como uma expansão do Museu de Arte Moderna da cidade. "Todo lugar que serve comida, de museus a estádios esportivos, quer elevar um pouco o nível e oferecer algo memorável", diz o chef/proprietário Corey Lee. Graças a um conceito no qual Lee e sua equipe recriam fielmente pratos famosos de chefs de todo o mundo, o jantar pode começar com o "sanduíche" de alface fermentada do Realæ, de Copenhague, depois passar para o ensopado de kalbi assado de Roy Choi e terminar com uma torta de limão de Massimo Bottura.

Museu de Arte Carnegie, Pittsburgh, EUA

Antes mesmo de abrir um restaurante no Museu de Arte Carnegie, a chef de Pittsburgh, Sonja Finn, ia muito a museus, "primeiro quando criança, depois, mais recentemente, com meu filho, que aprendeu a caminhar nos largos corredores acarpetados do Salão dos Dinossauros do Museu Natural". Depois, Finn e a família almoçavam no restaurante do museu. "Eu olhava e pensava como seria maravilhoso se o restaurante fosse meu." Em dezembro, isso aconteceu. Quando o museu reformulou seu serviço de alimentação, Finn recebeu um telefonema e aproveitou a chance correndo. "Eu fiquei em êxtase", diz ela. O cardápio do Café Carnegie, que abre para almoço e brunch, inclui gougères de cheddar Pennsylvania, xacxuca com essência de canela e sanduíches de cordeiro assado em excepcionais pães Pullman caseiros da chef de cuisine Becca Hagerty.