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Homem mais rico da Ásia aumenta fortuna em US$ 17 bilhões este ano

Mukesh Ambani - Reuters
Mukesh Ambani Imagem: Reuters

Sanjai P R

26/12/2019 06h38

Tem sido um bom ano para Mukesh Ambani, o homem mais rico da Ásia.

O magnata indiano elevou sua fortuna em quase US$ 17 bilhões este ano até 23 de dezembro, o maior aumento de patrimônio na Ásia. Com isso, a fortuna de Ambani agora soma cerca de US$ 61 bilhões, segundo o Índice de Bilionários Bloomberg. Em comparação, o fundador do Alibaba, Jack Ma, aumentou o patrimônio líquido em US$ 11,3 bilhões, enquanto Jeff Bezos, da Amazon.com, perdeu US$ 13,2 bilhões.

O aumento da fortuna de Ambani este ano foi impulsionado por um salto de 38% das ações de seu conglomerado Reliance Industries, agora mais focado em ofertas aos consumidores do que no refino de petróleo e petroquímica, carro-chefe do grupo. O ganho das ações é mais do que o dobro da alta registrada no período pelo S&P BSE Sensex, índice de referência da Índia.

Investidores apostam na Reliance com a expectativa de que os negócios mais novos da empresa, nos setores de telecomunicações e varejo, poderão em breve gerar valor. Com o objetivo de criar uma gigante de comércio eletrônico na Índia para desafiar empresas como a Amazon.com, Ambani investiu quase US$ 50 bilhões - principalmente por meio de dívida - em uma operadora de telefonia móvel que se tornou a número 1 do país em três anos de operação.

"Mukesh Ambani mudou a narrativa para a Reliance Industries" como líder não apenas em petróleo e gás, mas também em telecomunicações e varejo, e, possivelmente, em breve também em comércio eletrônico, disse Chakri Lokapriya, diretor de investimentos da TCG Asset Management, de Mumbai, que administra US$ 3 bilhões em ativos.

"Ele rapidamente identificou, investiu e executou com sucesso para criar essa narrativa", disse Lokapriya. "Acreditamos que isso possa potencialmente dobrar o valor para os acionistas nos próximos quatro anos."

Os negócios mais novos devem responder por 50% dos ganhos da Reliance em alguns anos em relação a cerca de 32% agora, disse Ambani em agosto. Um representante da Reliance não respondeu a um e-mail para comentar o patrimônio de Ambani.

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