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Pesquisa indica controle da curva de juros nos EUA ainda em 2020

Comitê vai divulgar nos próximos dias o primeiro conjunto de previsões econômicas desde dezembro - Karen Bleier/AFP
Comitê vai divulgar nos próximos dias o primeiro conjunto de previsões econômicas desde dezembro Imagem: Karen Bleier/AFP

Christopher Condon e Sarina Yoo

04/06/2020 10h23

É improvável que autoridades do Federal Reserve sinalizem novas medidas na reunião da semana que vem, embora muitos economistas apostem no controle da curva de juros ainda neste ano, uma ferramenta que não é usada nos EUA desde a Segunda Guerra Mundial.

Pouco mais da metade dos economistas pesquisados pela Bloomberg disse que espera que o Comitê Federal de Mercado Aberto determine alvos para os rendimentos de certos vencimentos de títulos do Tesouro. Dos economistas que esperam a medida, a maioria disse que o anúncio deve ser feito em setembro para os vencimentos de dois ou cinco anos.

A esmagadora maioria dos entrevistados da pesquisa realizada entre 29 de maio a 3 de junho não prevê mudança na taxa básica de juros do Fed no encerramento da reunião de dois dias do Fed na quarta-feira que vem. Como em abril, os economistas não projetam um aumento dos juros pelo Fed antes de 2023. Também não esperam mudanças nesta reunião sobre as estimativas do comitê sobre o rumo dos juros ou compras de ativos.

A visão não é unânime. Alguns economistas acreditam que o Fed deva pelo menos sinalizar a abordagem de um nova etapa, se não anunciar a intenção de aumentar as compras de títulos.

"Esta reunião vai marcar a transição da triagem para a recuperação", disse Brett Ryan, economista sênior do Deutsche Bank Securities, em Nova York. "Isso significa fazer a transição das compras dos títulos do Tesouro para restaurar o funcionamento e liquidez do mercado para a acomodação monetária tradicional, para que as condições financeiras possam permitir uma recuperação mais rápida."

O comitê vai divulgar o primeiro conjunto de previsões econômicas desde dezembro. As autoridades do Fed decidiram não divulgar previsões em março, pois consideraram as perspectivas incertas demais para que as projeções fossem úteis. As novas estimativas, no entanto, ainda podem ser vistas com maior ceticismo.