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Chipre e troika não concluem negociações, que continuam domingo em Bruxelas

Em Nicósia (chipre)

24/03/2013 04h54

A troika e o Chipre não chegaram a um acordo neste sábado (23) sobre a solução da crise na ilha do Mediterrâneo, devido às novas exigências colocadas pelo FMI (Fundo Monetário Internacional), segundo a imprensa cipriota, e por isso vão se reunir novamente neste domingo (24), em Bruxelas.

"As negociações estão em um momento muito delicado. A situação é muito difícil e as margens, muito pequenas", afirmou em comunicado o porta-voz do governo do Chipre, Christos Stylianidis.

A falta de acordo das negociações deste sábado foi divulgada após mais um dia de reuniões entre a delegação da troika (Comissão Europeia, Banco Central Europeu e FMI), o Banco Central do Chipre, o governo cipriota e os partidos políticos.

Desta forma, as negociações devem continuar neste domingo antes da reunião do Eurogrupo com o FMI, que acontecerá em Bruxelas às 14h (horário de Brasília).

O comunicado do governo cipriota informa que o presidente, o conservador Nicos Anastasiades, voará amanhã às 7h15 (2h15 de Brasília) a Bruxelas para "continuar as negociações para a conclusão do acordo de empréstimo para o resgate da economia".

Junto com ele viajam o ministro da Economia, Michalis Sarris; o líder interino do partido conservador, Averof Neofytou, e outros altos cargos da hierarquia do governo e do banco central do país.

Na capital belga, o presidente do Chipre manterá reuniões com as autoridades europeias e com a diretora do FMI, Christine Lagarde, antes de participar da reunião do Eurogrupo.

Anteriormente, uma fonte próxima à negociação vazou que as partes tinham chegado a um acordo para taxar em 20% os depósitos superiores a 100 mil euros no Banco do Chipre e em 4% os depósitos da mesma quantia em outros bancos.

A maior taxa para o Banco do Chipre é uma tentativa de evitar a reestruturação da maior entidade financeira do país, tal como ocorrerá com a segunda, o Laiki Bank, que será dividido em um banco bom e outro mau.

No entanto, segundo o jornal "Fileleftheros", quando tudo indicava que se estava muito perto de um acordo, o FMI pediu que o Banco do Chipre assumisse a dívida do Laiki com o mecanismo de Assistência de Liquidez de Emergência (ELA, sigla em inglês) do BCE, no valor de 9 bilhões de euros.