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Greve de professores na Argentina pode afetar três milhões de alunos

Em Buenos Aires

04/08/2014 13h37

Três milhões de alunos estão sem aula por uma greve de 48 horas convocada pelos sindicatos docentes da província de Buenos Aires, que afeta 20.200 centros públicos, para denunciar descumprimentos de acordos trabalhistas, informaram nesta segunda-feira à Agência a Efe fontes do Ministério da Educação portenho.

A greve tem uma adesão de 98% e foi convocada pelo descumprimento dos acordos alcançados no início de ano letivo com o governo portenho em matéria salarial e de investimentos em Educação, segundo indicaram sindicatos docentes.

Em declarações aos meios de comunicação, o Governador da Província de Buenos Aires, Daniel Scioli, chamou hoje à conciliação e reivindicou "esforços para seguir adiante e colaborar" porque "desde cada lugar se tem que fazer uma contribuição".

Scioli anunciou uma reunião entre as partes na quarta-feira para "seguir discutindo estas coisas no âmbito correspondente".

O secretário-geral do Sindicato Único de Trabalhadores da Educação de Buenos Aires (SUTEBA), Roberto Baradel, explicou que a greve é realizada porque não houve avanço nos acordos alcançados em março.

Entre eles, uma "melhora nos refeitórios escolares, o aumento no investimento na infraestrutura e a normalização dos serviços de obra social".

"Esperamos que o governo portenho esteja à altura das circunstâncias", sustentou Baradel e advertiu que "o conflito persistirá até que haja resposta do governo às demandas pelas quais os docentes iniciaram hoje uma greve de 48 horas".

A medida de força coincide com o retorno às salas de aula após o recesso de inverno e afeta mais de três milhões de estudantes em 20.200 centros educativos públicos entre jardins de infância e escolas primárias e secundárias em toda a Província de Buenos Aires.

Em março, começo do ano letivo, a greve docente na província de Buenos Aires durou 17 dias, até que foram acordaram melhorias salariais e investimentos em infraestrutura, refeitórios escolares e normalização da obra social docente, medidas que agora denunciam como descumpridas.