IPCA
0,83 Abr.2024
Topo

Vivendi abre negociações exclusivas com Telefónica para venda da GVT

28/08/2014 11h10

Paris, 28 ago (EFE).- O grupo francês Vivendi assinalou nesta quinta-feira que abriu negociações exclusivas com a Telefónica para vender-lhe o operador brasileiro GVT, porque considera que a oferta do grupo espanhol responde melhor a seus interesses que a da Telecom Italia, em particular pelo preço mais elevado.

"O preço proposto pela Telefónica é considerado particularmente atrativo, já que representa um acréscimo de mais de 3 bilhões de euros", destacou a Vivendi em comunicado.

A decisão de iniciar conversas exclusivas foi tomada pelo conselho de vigilância levando em conta "a estratégia do grupo e o melhor interesse dos acionistas", segundo a Vivendi.

A companhia francesa vai submeter a oferta da Telefónica, que avalia a GVT em 7,450 bilhões de euros em vez dos 7 bilhões propostos pela Telecom Italia, às suas instâncias de representação, com o procedimento de informação e consulta.

O conselho de fiscalização da Vivendi estimou que, à margem do preço, as outras condições da oferta da Telefónica "respondem igualmente" a seus objetivos.

Além disso, o acordo com a empresa espanhola "permitiria desenvolver projetos comuns nos conteúdos e meios" e se a Vivendi quisesse, poderia se tornar acionista da Telecom Italia no caso de optar por trocar um terço dos títulos que receberia da Telefónica Brasil pelo do operador italiano, que tem participação da empresa espanhola.

A Telefónica oferece pela GVT 4,663 bilhões de euros em dinheiro e um pacote de títulos da Telefónica Brasil (12%), parte dos quais (a terceira parte) poderia ser trocada por 5,7% (e 8,3% dos direitos de voto) da Telecom Italia.

"Todo isso responde melhor aos objetivos estratégicos e financeiros" da Vivendi, que alterou seu foco a fim de modificar seu perfil e sair do negócio das telecomunicações, o que a levou a vender primeiro o operador Maroc Telecom e depois o francês SFR.

A companhia francesa se volta agora para os meios de comunicação e conteúdos, com o objetivo de se desenvolver mediante o crescimento orgânico de suas filiais, mas sem se proibir manter "posições minoritárias em sociedades aliadas para distribuir conteúdos".

A oferta apresentada pela Telefónica pela GVT, que melhorava a que anunciou no início de mês, obrigava a Vivendi a uma decisão rápida, já que valia até amanhã.