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Telefônica, Claro, TIM e Algar apresentam ofertas para leilão de internet 4G

23/09/2014 14h51

Rio de Janeiro, 23 set (EFE).- As operadoras Telefônica, Claro, TIM e Algar apresentaram ofertas para o leilão da nova faixa de telefonia celular 4G que o governo brasileiro realizará no próximo dia 30, informaram nesta terça-feira fontes oficiais.

As quatro empresas, que já operam no Brasil, foram as únicas que manifestaram interesse nas concessões para oferecer telefonia de celular de quarta geração, com o respectivo acesso à internet em alta velocidade, na banda de frequência de 700MHz, atualmente usada por emissoras de televisão que permanecem no sistema analógico e devem se transferir para o digital.

As operadoras que atualmente oferecem 4G no Brasil utilizam a frequência de 2,5GHz, leiloada em 2012 e que tem uma cobertura menor do que a de 700Mhz.

Entre as inscritas figuram as três maiores operadoras de telefonia celular do país: Telefônica, que controla a Vivo, TIM, subsidiária da Telecom Itália, e Claro, da mexicana América Móvil, do milionário Carlos Slim.

As três entraram no leilão para aumentar suas área de cobertura e reduzir os custos da operação, já que, na frequência de 700MHz, é póssível levar o sinal mais longe com menos antenas.

A única das quatro grandes operadoras de telefonia celular do Brasil que não apresentou oferta foi a Oi, cuja a dívida cresceu significantemente nos últimos meses durante o processo de fusão com a Portugal Telecom.

A Oi alegou em comunicado que, como as operações da nova frequência só começarão em 2019, prefere "manter sua estratégia de investimento em projetos estruturais de rede que atendam os objetivos de melhora do nível de qualidade, aumento de cobertura, capacidade da rede móvel, expansão da banda larga e televisão por assinatura".

Os envelopes com as ofertas de cada uma das interessadas serão abertos no dia 30, segundo a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). As vencedoras serão as empresas que oferecerem o maior valor para cada uma das licenças.

Três das licenças concedem o direito de oferecer o serviço em todo o território nacional e as outras três em áreas de menor cobertura. Uma delas só exclui alguns municípios dos estados do Paraná, Minas Gerais, Goiás e São Paulo. As duas restantes correspondem às áreas atendidas pelas operadoras CTBC e Sercomtel.

As empresas interessadas nas concessões para operar em todo o país terão que oferecer propostas superiores a R$ 1,92 bilhão. Os vencedores do leilão também terão que pagar em conjunto outros R$ 3,6 bilhões para financiar as operações necessárias para liberar a banda, atualmente usada pela televisão analógica.

Segundo a Anatel, eles também terão que desembolsar cerca de R$ 500 milhões para atingir as metas de cobertura de 4G que não foram alcançadas no leilão anterior.