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Balança comercial registra pior déficit para setembro em 16 anos

01/10/2014 18h18

Rio de Janeiro, 1 out (EFE).- A balança comercial brasileira registrou um déficit de US$ 939 milhões em setembro, o pior resultado para este mês nos últimos 16 anos e com o qual interrompeu uma sequência de seis meses consecutivos de superávit, informou nesta quarta-feira o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

O saldo negativo em setembro foi produto da diferença entre importações de US$ 20,556 bilhões e exportações de US$ 19,617 bilhões, segundo o balanço do governo.

De acordo com os dados divulgados pelo Ministério, entre janeiro e setembro de 2014 a balança comercial acumulou um déficit de US$ 690 milhões. No acumulado dos últimos 12 meses até setembro, registra um superávit de US$ 3,469 bilhões.

Entre janeiro e setembro deste ano, os três principais destinos dos produtos do país foram China (US$ 34,6 bilhões), Estados Unidos, (US$ 20,2 bilhões) e Argentina (US$ 11 bilhões).

Em comparação com os primeiros nove meses do ano passado, houve diminuição na exportação de produtos manufaturados (-7,1%) e semifaturados (-4,2%), enquanto a venda ao exterior de produtos básicos aumentou 2,3%.

Nos nove primeiros meses de 2014, o Brasil registrou uma queda nas exportações de veículos de passageiros (-39,2%), açúcar refinado (-28,4%) e açúcar bruto (-21%), enquanto aconteceu um aumento das exportações de petróleo (42,5%), café em grão (23%) e carne suína (13,8%)

Quanto à evolução dos compradores dos produtos brasileiros, a comparação com os três primeiros trimestres do ano anterior mostra uma queda das vendas a África (-12,9%), Mercosul (-12,7%) e União Europeia (-5,1%), e um avanço com os mercados de Estados Unidos (9,3%) e Europa Oriental (9,2%).

Quanto às importações, os países que mais venderam produtos ao Brasil no acumulado do ano foram China (US$ 28 bilhões), Estados Unidos, (US$ 26,7 bilhões), Alemanha (US$ 10,8 bilhões), Argentina (US$ 10,6 bilhões) e Nigéria (US$ 7,1 bilhões).

Em comparação com os nove primeiros meses do ano passado, aconteceu uma queda na importação de bens capitais (-5,7%), bens de consumo (-2,7%), matérias-primas (-1,2%) e combustíveis (-0,1%).