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Países da América Latina assinam declaração para erradicar trabalho infantil

14/10/2014 17h28

Lima, 14 out (EFE).- Os ministros de Trabalho e representantes de 25 países da América Latina e do Caribe assinaram nesta terça-feira em Lima a declaração de constituição de uma iniciativa para que a região fique livre de trabalho infantil.

A "Iniciativa Regional América Latina e Caribe Livre de Trabalho Infantil" foi assinada durante a 18ª Reunião Regional da Organização Internacional de Trabalho (OIT) e procura prevenir e erradicar o trabalho infantil e seus piores formas por meio da cooperação intergovernamental na região.

"Queremos a retirada das crianças do trabalho infantil e a proteção dos direitos dos adolescentes que trabalham, como pilares de uma proposta regional que - à luz dos novos Objetivos do Milênio - busque avançar na luta contra este flagelo", afirmou o ministro de Trabalho do Peru, Fredy Otárola.

O ministro, que preside a reunião regional da OIT, destacou que esta iniciativa procura acelerar a prevenção e erradicação do trabalho infantil e suas piores formas através da coordenação institucional e entre diferentes âmbitos do governo.

A declaração foi assinada por representantes de Brasil, Argentina, Bahamas, Bolívia, Chile, Colômbia, Costa Rica, Cuba, Equador, El Salvador, Guatemala, Guiana, Haiti, Honduras, Jamaica, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana, Suriname, Trinidad e Tobago, Uruguai e Venezuela.

A 18ª Reunião Regional da OIT acontece em Lima até quinta-feira com o objetivo de avaliar os avanços e as mudanças na situação do trabalho na América desde o último encontro regional, em 2010 em Santiago do Chile.

O encontro reúne cerca de 400 delegados e participantes de 70 países e começou na segunda-feira com uma invocação para que os países do continente americano tomem medidas para atenuar o impacto que a desaceleração econômica que afeta o continente terá no emprego.

O diretor-geral da OIT, Guy Ryder, afirmou que a América continua sendo a região mais desigual do planeta e que seu grande desafio é reduzir a taxa de informalidade, que continua sendo "muito alta".

Ryder destacou, no entanto, que se produziram avanços em matéria de emprego, na luta contra a pobreza e na promoção dos direitos fundamentais dos trabalhadores, especialmente na luta contra o trabalho infantil.