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Ucrânia e Rússia acertam parâmetros do contrato de gás, diz Poroshenko

17/10/2014 12h03

Kiev, 17 out (EFE). - Ucrânia e Rússia acertaram os parâmetros básicos para um novo contrato de gás, anunciou nesta sexta-feira o presidente ucraniano, Petro Poroshenko, após a reunião em Milão (Itália) com seu colega russo, Vladimir Putin.

Poroshenko informou que nas próximas horas prosseguirão as consultas sobre a busca de fontes de financiamento do contrato de importação do gás russo, relatou a imprensa ucraniana.

"Os progressos são concretos, mas moderados, em matéria de gás", disse o presidente ucraniano sobre o assunto que Kiev e Moscou enfrentam há vários meses.

A véspera, durante uma visita a Belgrado, a capital da Sérvia, Vladimir Putin advertiu sobre a redução da provisão de gás natural para a Europa, caso a Ucrânia desvie o fluxo para seu consumo interno nos gasodutos de passagem por seu território.

A Rússia já cortou o fluxo de gás para a Ucrânia em 16 de junho, após a disputa com Kiev sobre uma dívida acumulada pelas provisões desse combustível que, segundo Moscou, já supera os US$ 5 bilhões.

Durante alguns meses de inverno de 2006, 2008 e 2009 aconteceram as "guerras do gás" como são conhecidas, na qual as desavenças entre Moscou e Kiev pelo preço do produto desembocaram em cortes na provisão por parte da Rússia.

"Acredito que chegaremos a um acordo e poremos o ponto final a essa questão", disse o chefe do Kremlin.

Em 26 de setembro, Moscou e Kiev selaram um pacto em Bruxelas, capital da Bélgica, que obriga a Ucrânia a pagar antes do fim deste ano US$ 3,1 bilhões à Rússia por consumos prévios. As partes também se comprometeram a esperar a sentença do Tribunal de Arbitragem de Estocolmo para resolver o caso do preço.

Esta semana o ministro da Energia russo, Aleksandr Novak, baixou de US$ 2 bilhões para US$ 1,454 bilhão o valor que Kiev deve pagar em uma primeira transferência para que Moscou retome as provisões.

Em resposta, Kiev propôs prorrogar até março de 2015 o prazo de pagamento dos US$ 3,1 bilhões e reduzir de 5 bilhões a 4 bilhões os metros cúbicos de gás que importará da Rússia durante o inverno, disse Novak.