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Argentina e China ativam acordo de troca de divisas

30/10/2014 18h44

Buenos Aires, 30 out (EFE).- Os bancos centrais de Argentina e China ativaram nesta quinta-feira seu acordo de troca de moedas locais por meio de uma solicitação por parte do país sul-americano de uma primeira parcela em iuanes equivalente a US$ 814 milhões.

Segundo informou o Banco Central argentino em comunicado, o montante em iuanes solicitado foi credenciado hoje pelo Banco Central da China, em virtude de um acordo assinado por ambas entidades no último mês de julho.

"Este instrumento contribui para estabilizar os saldos do comércio bilateral. Por sua vez, este Banco Central credenciou o montante equivalente em pesos a favor do Banco Central da República Popular da China", explicou a autoridade monetária argentina.

A partir desta operação, o Banco Central argentino iniciou hoje a contabilidade de seus investimentos de reservas na moeda chinesa.

O Banco Central argentino destacou que o iuane "se encontra a caminho de ser uma das principais moedas de reserva mundial".

"O iuane representa uma moeda de investimento muito atrativa para os bancos centrais, dado que seu valor em relação às demais moedas vem melhorando sustentadamente nos últimos anos, (...) o que gera lucros de diversificação muito grandes", afirma o comunicado.

O iuane, além disso, "pode ser convertido livremente em dólares, euros, ou em qualquer outra moeda de reserva, em praças internacionais como Hong Kong, Londres e Cingapura", acrescentou a autoridade monetária argentina.

No marco deste acordo, denominado "swap de moedas", o Banco Central argentino poderá solicitar intercâmbios adicionais por um máximo equivalente a cerca de US$ 11 bilhões, "o que representa um respaldo para implementar sua política financeira, cambial e monetária, em cumprimento dos mandatos da Carta Orgânica", indica o comunicado.

O acordo assinado em julho é por três anos, renovável anualmente, com uma taxa de juros de entre 6% e 7% anual.

Argentina e China tinham assinado em 2009 um acordo deste tipo por três anos, com possibilidade de intercambiar divisas por até US$ 10,2 bilhões.