IPCA
0,83 Abr.2024
Topo

Rússia adere ao Banco Asiático de Investimento promovido pela China

28/03/2015 06h51

(Acrescenta dados).

Pequim, 28 mar (EFE).- O vice-primeiro-ministro da Rússia, Igor Shuvalov, anunciou neste sábado a adesão de seu país como membro fundador do novo Banco Asiático de Investimento em Infraestruturas (AIIB), uma iniciativa da China que alguns analistas veem como um contrapeso ao Banco Mundial (BM) e ao Banco Asiático de Desenvolvimento (BAD).

Shuvalov confirmou a entrada da Rússia durante sua participação no Fórum de Boao, uma conferência econômica realizada esta semana na ilha chinesa de Hainan com a presença de chefes de Estado e governo de 15 países, entre eles o presidente da China, Xi Jinping.

O governo russo fez este anúncio um dia depois que o Brasil também confirmasse sua participação no banco, com o qual a China quer financiar projetos de transporte e outras infraestruturas no continente asiático.

O AIIB contará com um capital inicial de US$ 100 bilhões para iniciar projetos energéticos, de transporte e de telecomunicações na Ásia por meio da concessão de créditos ou garantias.

Nações europeias como França, Itália, Alemanha, Reino Unido e Espanha também se uniram nos últimos dias ao AIIB, enquanto potências como Estados Unidos e Japão, que dominaram durante décadas as estruturas do BM e do BAD, respectivamente, se mostraram reticentes a negociar uma possível entrada.

Até o momento o AIIB tem 38 membros fundadores, em sua maioria países asiáticos (inclusive alguns que mostraram muitas dúvidas iniciais perante a nova instituição, como Coreia do Sul e Indonésia), e negocia a possível adesão em breve de economias como as de Austrália, Canadá, Holanda, Bélgica e Taiwan.

Até o próximo dia 31 de março, os países que solicitem participar do banco podem fazê-lo na qualidade de membros fundadores, o que lhes dará direito a intervir na negociação das normas da instituição, que ainda serão fixadas.

Pequim assegurou durante meses que o AIIB, nascido oficialmente em outubro do ano passado, será complementar às instituições financeiras transnacionais já existentes, não uma "ameaça" ao Banco Mundial, no qual Pequim sempre pediu maior influência do voto das potências emergentes.