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Ministros da zona do euro negam ter discutido "plano B" para a Grécia

25/04/2015 06h12

Riga, 25 abr (EFE).- Vários ministros de Finanças da zona do euro e o comissário europeu de Assuntos Econômicos e Financeiros, Pierre Moscovici, negaram neste sábado que tenha ocorrido durante a reunião do Eurogrupo ontem discussões sobre um "plano B" para a Grécia, assunto que a Eslovênia diz ter colocado em pauta no encontro.

Segundo fontes diplomáticas, o ministro de Finanças da Eslovênia, Mramor Dusan, teria levantado a necessidade de uma segunda opção para a Grécia durante a reunião informal do Eurogrupo, realizada em Riga.

"Minha intervenção foi sobre o que faremos se não conseguirmos aprovar a tempo o novo programa para que a Grécia possa se financiar ou melhorar sua liquidez. Isso era tudo. E um plano B pode ser qualquer coisa", confirmou Dusan à imprensa hoje, na chegada para outro encontro entre ministros da Economia e Finanças da União Europeia.

Apesar da confirmação de Dusan, vários participantes da reunião reiteraram as negativas. Um deles foi o ministro de Finanças da França, Michel Sapin, que assegurou que o assunto não foi discutido durante o Eurogrupo.

"Falamos de um plano A, porque não há B, C, D ou E. Há um único plano, que é a Grécia no euro. Todo o Eurogrupo defende isso, portanto, só discutimos isso", afirmou.

Já o ministro austríaco, Hans Jörg Schelling, destacou que "não há verdade" sobre a existência de conversas sobre um plano B para a Grécia no Eurogrupo.

"Já superamos essa fase. Canalizaremos todas as nossas forças para chegar a um acordo ordenado com a Grécia. Os 18 membros estão unidos. Não era uma discussão entre países, mas entre os gregos e o Eurogrupo. Espero que o colega grego tenha entendido as palavras claras dos ministros e esteja disposto a atuar", indicou.

Moscovici negou que tenha a Grécia tenha sido pressionada no encontro, mas revelou foram exigidos avanços nas reformas que Atenas deve promover para conseguir o novo financiamento.

"É o que todos queremos: as autoridades gregas, as instituições e os países membros. É preciso avançar mais rápido, porque o tempo pressiona e os problemas financeiros da Grécia estão aí, da mesma forma que os compromissos que eles assumiram", afirmou o comissário.

"Acho que vi nas expressões de Yanis Varoufakis (ministro de Finanças da Grécia) de que essa mensagem (necessidade de reformas) foi entendida e confio que retomaremos agora as negociações com mais força, impulso e rapidez", disse Moscovici.

"Não há plano B, apenas o A, que quer a Grécia reformulada e na zona do Euro", finalizou.