Sindicatos paralisam Argentina com greve considerada política pelo governo
Buenos Aires, 9 jun (EFE).- Os sindicatos de oposição ao governo de Cristina Kirchner paralisaram nesta terça-feira a Argentina com uma greve geral que, segundo o Executivo, tem caráter "político" e pretende criar "confusão" em plena corrida eleitoral.
A greve, a segunda neste ano e a quinta durante o governo de Cristina (presidente desde 2007), parou desde a primeira hora do dia os serviços de transporte público e de trens, e afetou também os aeroportos, que tiveram dezenas de voos cancelados.
Os piquetes bloquearam os principais acessos a Buenos Aires e a outras capitais do interior do país para garantir o sucesso do protesto, que afetou outros setores-chave, como portos, coleta de lixo e postos de gasolina.
Outras atividades, como correios, bancos e colégios também sofreram o impacto da greve, convocada pela ala opositora da poderosa Confederação Geral do Trabalho e da Central dos Trabalhadores Argentinos (CTA).
"A greve é total", afirmou hoje o secretário-geral da União Transviários Automotores, Roberto Fernández, à imprensa local.
Os grevistas protestam contra as limitações nas negociações coletivas de reajustes salariais de 2015 que o governo pretende impor para controlar a inflação.
Em plena negociação coletiva de setores-chave da economia argentina, os sindicatos pedem aumento de 35% na remuneração, e o governo aponta 27% como limite, além de exigirem a redução dos impostos sobre os salários dos trabalhadores.
A Argentina sofre com a elevada inflação, que instituições privadas situam acima dos 30% e que cálculos oficiais estimam em 18%, e mais de quatro milhões de trabalhadores ganham até R$ 1.700.
Para o governo, a convocação tem um objetivo "político" e não pretende encontrar soluções, mas gerar "confusão" na reta final do mandato da presidente, a apenas dois meses das primárias que definirão os candidatos que concorrerão à Casa Rosada.
"Eu queria saber como se está defendendo o trabalhador fazendo uma greve destas características, onde impedem a imensa maioria dos trabalhadores de trabalhar, que é o que certamente querem fazer, pois não estão identificados nem com essa visão (dos sindicatos)", disse hoje o chefe de Gabinete, Aníbal Fernández.
Trata-se, acrescentou, de "uma greve política com objetivos claros, que não apresenta absolutamente nada".
"Estão gerando este caos para que a população teoricamente receba uma mensagem errada, que a esta altura não existe; sabem quem são os que estão à frente desta situação, o que provocam, que não é nada além de conter circunstancialmente a atividade do país, é isso e nada mais, não apresentam nada; amanhã terão que voltar a discutir o tema (em negociações coletivas)", insistiu o chefe de Gabinete.
Em 2014, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) foi de 24%, segundo o governo, embora consultoras privadas estimem que o número real seja 38,5%.
A greve, a segunda neste ano e a quinta durante o governo de Cristina (presidente desde 2007), parou desde a primeira hora do dia os serviços de transporte público e de trens, e afetou também os aeroportos, que tiveram dezenas de voos cancelados.
Os piquetes bloquearam os principais acessos a Buenos Aires e a outras capitais do interior do país para garantir o sucesso do protesto, que afetou outros setores-chave, como portos, coleta de lixo e postos de gasolina.
Outras atividades, como correios, bancos e colégios também sofreram o impacto da greve, convocada pela ala opositora da poderosa Confederação Geral do Trabalho e da Central dos Trabalhadores Argentinos (CTA).
"A greve é total", afirmou hoje o secretário-geral da União Transviários Automotores, Roberto Fernández, à imprensa local.
Os grevistas protestam contra as limitações nas negociações coletivas de reajustes salariais de 2015 que o governo pretende impor para controlar a inflação.
Em plena negociação coletiva de setores-chave da economia argentina, os sindicatos pedem aumento de 35% na remuneração, e o governo aponta 27% como limite, além de exigirem a redução dos impostos sobre os salários dos trabalhadores.
A Argentina sofre com a elevada inflação, que instituições privadas situam acima dos 30% e que cálculos oficiais estimam em 18%, e mais de quatro milhões de trabalhadores ganham até R$ 1.700.
Para o governo, a convocação tem um objetivo "político" e não pretende encontrar soluções, mas gerar "confusão" na reta final do mandato da presidente, a apenas dois meses das primárias que definirão os candidatos que concorrerão à Casa Rosada.
"Eu queria saber como se está defendendo o trabalhador fazendo uma greve destas características, onde impedem a imensa maioria dos trabalhadores de trabalhar, que é o que certamente querem fazer, pois não estão identificados nem com essa visão (dos sindicatos)", disse hoje o chefe de Gabinete, Aníbal Fernández.
Trata-se, acrescentou, de "uma greve política com objetivos claros, que não apresenta absolutamente nada".
"Estão gerando este caos para que a população teoricamente receba uma mensagem errada, que a esta altura não existe; sabem quem são os que estão à frente desta situação, o que provocam, que não é nada além de conter circunstancialmente a atividade do país, é isso e nada mais, não apresentam nada; amanhã terão que voltar a discutir o tema (em negociações coletivas)", insistiu o chefe de Gabinete.
Em 2014, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) foi de 24%, segundo o governo, embora consultoras privadas estimem que o número real seja 38,5%.
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