Com 95% dos votos apurados, "não" vence na Grécia com 61,3% da preferência
O "não" venceu por ampla maioria o referendo realizado neste domingo na Grécia para decidir sobre a proposta dos credores internacionais para o pagamento da dívida do país.
Segundo os resultados oficiais, após a apuração de 95% dos votos, o "não" vencia com 61,3% do total, enquanto o "sim" obtinha 38,7%, com uma participação popular de 62,5% em uma jornada que transcorreu sem incidentes de grandes proporções.
"O referendo de hoje não tem vencedores, nem vencidos. É uma vitória em si mesmo. Mostramos que a democracia não pode ser chantageada", disse o primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, em mensagem transmitida pela televisão.
O premiê também destacou que agora é o momento de "restabelecer a coesão social", pois a convocação desta consulta popular gerou um clima de divisão entre os partidários de uma e outra opção.
Tsipras garantiu que seu governo reiniciará amanhã as negociações com os credores para tentar chegar a um acordo com as instituições de quem recebeu empréstimos e afirmou que a prioridade no país é a reabertura dos bancos, que após a imposição de um controle de capitais estão há uma semana fechados.
Tsipras acrescentou que, nesta ocasião, entrará na negociação a reestruturação da dívida, uma necessidade que, segundo ele, foi reconhecida inclusive pelo Fundo Monetário Internacional, que é, junto com a Comissão Europeia e o Banco Central Europeu, uma das instituições credoras da dívida grega.
Após a divulgação do resultado do referendo e depois que a chanceler alemã, Angela Merkel, e o chefe de estado francês, François Hollande, propuseram após conversarem por telefone, o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, convocou hoje uma cúpula extraordinária de líderes da zona do euro para terça-feira, às 16h GMT (13h de Brasília).
Fontes da União Europeia afirmaram à Agência Efe que o presidente permanente do Conselho Europeu "fez uma série de consultas nesta tarde, que continuará amanhã para preparar a cúpula".
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