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Presidente grego dissolve Parlamento e convoca eleições para dia 20

28/08/2015 11h37Atualizada em 28/08/2015 12h07

Atenas, 28 ago (EFE).- O presidente da Grécia, Prokopis Pavlopoulos, dissolveu nesta sexta-feira o Parlamento do país e convocou eleições antecipadas para o dia 20 de setembro.

Pavlopoulos publicou o decreto poucas horas depois que a equipe ministerial encarregada de governar a Grécia até as eleições assumir seus cargos.

De acordo com o decreto, o parlamento que surgir das eleições será constituído em 1º de outubro.

As eleições antecipadas serão realizadas após a renúncia, há oito dias, de Alexis Tsipras à frente do governo, depois de obter o primeiro desembolso do terceiro resgate para a Grécia.

Tsipras justificou sua decisão na necessidade de pedir um novo mandato ao povo após a mudança de rumo dada pelo governo do Syriza e próximo da aplicação, com o apoio popular, dos acordos alcançados com as instituições.

A necessidade de convocar eleições estava, sobretudo, marcada pela dissidência interna dentro de seu partido e nas fileiras de seu grupo parlamentar, onde mais de 40 deputados negaram o respaldo na votação do terceiro resgate.

O resultado dessa rebeldia interna foi a fundação de um novo partido, Unidade Popular, dirigido pelo ex-ministro de Energia Panayotis Lafazanis.

A campanha eleitoral vai ser uma das mais curtas da democracia grega e, com 23 dias, só supera em dois dias a realizada em 1996, que durou 21 dias preceptivos.

Pouco antes de dissolver o parlamento, Pavlopoulos tomou juramento da nova equipe de dez ministros que governarão de forma transitória o país junto à primeira-ministra, Vasilikí Zanú, que tomou ontem posse de seu cargo.

A nomeação de um governo interino é necessário na Grécia quando a dissolução do parlamento se produz como consequência da renúncia de um primeiro-ministro.

Em entrevista ao site "Avgi", o até agora primeiro-ministro Tsipras deu por iniciada a "grande batalha eleitoral".

"O povo grego dará um mandato forte para o presente e o futuro. A Grécia não pode voltar para trás e não vai fazer, só marchará para frente", disse Alexis Tsipras.