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Companhia aérea indiana proíbe funcionários com sobrepeso em voos

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Imagem: Divulgação

01/10/2015 08h34

Nova Délhi, 1 out (EFE).- A companhia aérea estatal Air Índia não permitirá que cem membros de sua equipe de cabine com sobrepeso voem, e os remanejará para postos em terra, em um novo episódio de decisões da empresa contra seus trabalhadores com excesso de quilos, informou nesta quinta-feira (1º) à agência de notícias Efe um porta-voz da companhia.

"Cerca de cem membros do pessoal de cabine serão recolocados em postos de terra por sobrepeso em cumprimento às diretrizes do Conselho Geral de Aviação Civil (DGCA)", disse o porta-voz de Air Índia, G. Prasada Rao, que indicou que o número de homens e mulheres afetados é igual.

A medida foi adotada depois de, em maio do ano passado, o DGCA emitir uma nova regulação sobre o peso das equipes, e pedir às companhias aéreas do país asiático que classificassem seus trabalhadores nas categorias de "normal", "com sobrepeso" e "obeso".

O DGCA explicou que a legislação está destinada à segurança dos passageiros, já que o staff precisa estar em forma para realizar seu trabalho, especialmente durante emergências.

A Air Índia considerou que 600 de seus 3.500 trabalhadores de cabine têm sobrepeso e os pediu para "entrarem em forma".

Deles, uma centena não conseguiu alcançar o índice de massa corporal (IMC) estabelecido pelo DGCA. A regulação deste organismo estabelece um IMC de 18 a 25 como normal para homemen e entre 18 e 22 para mulheres.

A briga pelo peso do pessoal de cabine remete à década de 1980, quando foram impostas as primeiras normativas a respeito na Índia.

A companhia aérea decidiu, em 2006, que as aeromoças com sobrepeso ficariam em terra e despediu dez delas.

O caso chegou ao Tribunal Superior de Nova Déli, que alegou que não existiu "arbitrariedade" na demissão das trabalhadoras. Duas delas apelaram à Suprema Corte indiana, que deu ganho de causa, em 2009.

"A Air Índia deveria se preocupar em como servem os passageiros e sua conduta em vez de com seu peso. O peso não é um critério para determinar a competência", estabeleceu a sentença da justiça indiana.