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Argentina aprova novos tipos de soja e batata transgênicas criadas no país

05/10/2015 21h14

Buenos Aires, 5 out (EFE).- A Argentina anunciou nesta segunda-feira a aprovação de duas novas variedades geneticamente modificadas de soja e batata, ambas desenvolvidas por cientistas do país.

"Trata-se de dois produtos que serão fundamentais para a economia dos produtores em diversos setores do território nacional e permitirá um forte desembarque nos mercados internacionais", destacou em comunicado o Ministério da Agricultura da Argentina.

Os dois tipos aprovados são uma variedade de soja mais adaptada à seca e uma batata resistente ao vírus PVY.

Os novos transgênicos foram apresentados em um evento que contou com a presença da presidente, Cristina Kirchner, que destacou que a Argentina entra "no seleto grupo dos seis países - Estados Unidos, Cuba, Indonésia, China e Brasil - que produzem essas variedades para ajudar à agricultura".

"Esses transgênicos não só tecnológicos, mas também econômicos e sociais, e vão produzir mais alimentos para a humanidade", disse.

Apesar de sementes geneticamente modificadas serem utilizadas em todos os grandes produtores de alimentos, os demais países precisam de tecnologia estrangeira no setor.

Esse era o caso da Argentina, onde cerca de 90% da soja, milho e algodão produzido são derivados de sementes transgênicas desenvolvidas por cinco empresas biotecnológicas transnacionais.

Outro dado importante é que pela primeira vez em nível mundial um país aprova uma variedade resistente à seca no caso da soja.

O novo transgênico foi "criado através de um empreendimento nacional com interação público-privada e que permite manter os rendimentos em condições de carência temporária de água", informou o Ministério da Agricultura no comunicado.

No outro caso, a nova variedade de batata é resistente ao vírus PVT (Potato Vírus E), uma das principais doenças que afetam as plantações.

"Essa variedade é resistente a um vírus endêmico em todas as zonas de produção da Argentina, e é um claro exemplo de uma solução para um problema específico da cadeia produtiva nacional", diz o comunicado.