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China espera que acordo do TPP impulsione o crescimento da Ásia-Pacífico

06/10/2015 01h46

Pequim, 6 out (EFE).- O governo da China anunciou nesta terça-feira (6) que espera que o consenso alcançado para a assinatura do Acordo Estratégico Transpacífico de Associação Econômica (TPP, na sigla em inglês), que é visto como um contrapeso ao poder econômico chinês, possa promover o crescimento da região.

A China "está aberta a qualquer mecanismo que siga as normativas da Organização Mundial do Comércio (OMC)", diz um comunicado publicado pelo Ministério do Comércio chinês em resposta ao TPP, um acordo do qual o país ainda não faz parte.

No texto, o Ministério chinês espera que o TPP e outros acordos similares possam impulsionar os países da região e "contribuam para o comércio, o investimento e o crescimento econômico da região da Ásia-Pacífico".

"O TPP é um dos tratados de livre-comércio cruciais para a região", destacou o Ministério, mas sem se aprofundar no assunto.

Após cinco anos de negociações secretas, na segunda-feira se chegou finalmente a um acordo para criar uma região livre de tarifas que representa cerca de 40% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial.

Os países integrantes do TPP são Japão, EUA, Austrália, Brunei, Canadá, Chile, Malásia, México, Nova Zelândia, Peru, Cingapura e Vietnã.

O acordo é visto como um contrapeso ao poder econômico da China, uma visão que foi destacada pelo presidente americano, Barack Obama, em sua defesa do TPP.

"Quando mais de 95% de nossos potenciais clientes vivem fora de nossas fronteiras, não podemos permitir que países como a China ditem as regras da economia global", argumentou Obama na segunda-feira.

O presidente americano considera que este acordo comercial é crucial para seu legado ao reforçar os vínculos dos EUA com a Bacia do Pacífico e deixar a China de fora do pacto.

A China foi convidada a ser parte integral do acordo, mas o rejeitou pelas restrições em setores como o financeiro.

No entanto, não se descarta que possa participar do tratado no futuro, já que há vozes que consideram seu envolvimento essencial, como o primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, que opinou hoje que uma futura inclusão da China serviria para favorecer a estabilidade da região.

Paralelamente às negociações do TPP, a China promoveu neste último ano o processo para construir uma Zona de Livre-Comércio da Ásia-Pacífico entre as 21 economias do fórum Apec da Ásia-Pacífico, um acordo que, se for assinado, o que ainda está longe de acontecer, seria o maior tratado de comércio do mundo.