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FMI reduz previsão de crescimento do PIB mundial em 2015 e 2016

06/10/2015 12h03

Lima, 6 out (EFE).- O Fundo Monetário Internacional (FMI) revisou para baixo nesta terça-feira, em dois pontos percentuais, as previsões do crescimento da economia mundial para 3,1% em 2015 e 3,6% em 2016, devido a uma "notável desaceleração" dos mercados emergentes, especialmente da China e da América Latina, e uma recuperação "mais frágil" dos países desenvolvidos.

"Os riscos de baixa aparecem agora mais evidenciados para a economia global do que há alguns meses", apontou o novo economista-chefe do FMI, Maurice Obstfeld, na apresentação do relatório "Perspectivas Econômicas Globais", no início da assembleia anual conjunta do órgão com o Banco Mundial.

De acordo com as novas projeções, a economia global crescerá em 2015 menos do que em 2014, quando registrou expansão de 3,4%.

As economias dos países desenvolvidos, puxadas pelos Estados Unidos e Reino Unido, seguem tentando manter a tendência mundial de alta, apesar de com menos ímpeto do que no início do ano.

Os EUA crescerão 2,6% neste ano - aumento de um décimo nas previsões do FMI - e 2,8% em 2016 - alta de dois décimos nas perspectivas da entidade -, enquanto o Reino Unido teve as projeções de expansão rebaixadas para 2,5% neste ano e 2,2% no próximo.

Por sua vez, a recuperação da zona do euro continua sendo "incerta, modesta e desequilibrada", com taxas de crescimento de 1,5% em 2016 e 1,6% em 2016.

No Japão, as perspectivas também mostram que o FMI tem dúvidas sobre seu otimismo quanto à economia do país, já que agora calcula um avanço de 0,6% neste ano e de 1% no próximo. Em ambos os casos, as projeções são dois décimos menores do que o previsto anteriormente.

"Seis anos depois de a economia global sair de sua mais ampla e profunda recessão desde a Segunda Guerra Mundial, o Santo Graal de uma expansão global robusta e sincronizada segue incerteza", explicou o economista-chefe do FMI.

Como responsáveis pela forte freada da expansão econômica, o FMI indicou os mercados emergentes, especialmente os exportadores de petróleo e matérias-primas, como a Rússia e a América Latina, e a desaceleração da China, que crescerá 6,8% neste ano e 6,3% em 2016. EFE

afs/lvl