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Usina de Itaipu quebrará "marco mundial" em energia acumulada

Alexandre Marchetti/Itaipu Binacional
Imagem: Alexandre Marchetti/Itaipu Binacional

11/11/2015 19h11Atualizada em 05/01/2016 17h15

Assunção, 11 nov (EFE).- A usina hidrelétrica de Itaipu, compartilhada por Paraguai e Brasil, alcançará nesta quinta-feira (12) um "marco mundial" em produção ao chegar a 2,3 bilhões de megawatts por hora (MWh) de energia acumulada em 31 anos de funcionamento, informou em comunicado.

O número supera amplamente outras grandes hidrelétricas que entraram em operação antes de Itaipu, a primeira do mundo em geração de energia, mas a segunda em tamanho após a usina das Três Gargantas, na China, que produziu 900 milhões de MWH em 12 anos.

A energia acumulada por Itaipu nessas três décadas é também maior do que a da hidrelétrica Guri, na Venezuela, com 1,3 bilhão de MWh produzidos desde 1978.

De acordo com a nota de Itaipu, seriam necessários 420 mil barris de petróleo diários para produzir a energia gerada pela usina nos 31 anos de funcionamento. E os números são alcançados apesar de uma situação hidrológica desfavorável devido à escassez de chuvas.

"Isso equivale dizer que Itaipu evitou a emissão de 890 milhões de toneladas de CO2", afirmou o comunicado.

Itaipu possui 20 unidades geradoras e 14.000 MWh de potência instalada, sendo responsável por 17% de toda a energia consumida no Brasil e 75% no caso do Paraguai. A produção anual da usina é suficiente para atender o consumo elétrico mundial por dois dias, o da China por sete dias e dos Estados Unidos por oito dias.

O Paraguai tem direito à metade da energia gerada em Itaipu, mas consome perto de 10% por sua menor demanda e pela falta de uma linha de distribuição eficiente.

O restante é vendido ao Brasil, que paga US$ 360 milhões anuais pela energia desde 2011.